MINUTO DO CAFÉ: baixo volume nas exportações pressiona os preços da saca no Brasil

Até a 2° semana de julho foram exportadas apenas 64,718 mil toneladas de café não torrado, o que representa cerca de 44% do volume total exportado durante esse mesmo mês no ano anterior.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 19/07/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Iniciando com a Balança Comercial preliminar do mês no Brasil, segundo os dados da Secex, até a 2° semana de julho foram exportadas apenas 64,718 mil toneladas de café não torrado, o que representa cerca de 44% do volume total exportado durante esse mesmo mês no ano anterior.

Apesar do menor volume comparado com 2022, nesse primeiro semestre já foram exportadas 16,2 milhões de sacas de 60 kg, gerando uma receita cambial de US$ 3,5 bilhões, sendo que países que também são produtores de café foram responsáveis por importar quase 850 mil sacas.

Quanto aos trabalhos no campo, a colheita do café no país já passa de 70% da área total, apontando novas preocupações como volume e qualidade da safra, em especial para o próximo ano.

Segundo o meu colega Thiago Cazarini, muitos produtores relataram a ocorrência de floradas prematuras no campo, o que pode se tornar um problema ainda mais acentuado com a continuidade de chuvas consistentes.

Na região de atuação da Cooxupé, a colheita do café arábica ultrapassou 50% na semana anterior, com destaque para o estado de São Paulo com 63,91% dos trabalhos concluídos, Minas Gerais com 58,35%, Mata de Minas com 55% e Cerrado Mineiro com 35,16%. Os trabalhos no campo seguem adiantados em 9 pontos percentuais ante a esse mesmo período do ano anterior.

O ritmo acelerado no campo e os baixos volumes nas exportações pressionam os preços da saca no mercado físico, carregando os preços do café arábica para R$800,00 e preocupando os cafeicultores. Em Maringá/PR a saca recuou nessa terça-feira (18) para R$780,00, uma variação diária de -2,8%. Em Guaxupé/MG a variação diária foi de -2,4%, com os preços recuando para R$810,00 e acumulando uma variação semanal de -3,6%.

Para os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York a volatilidade permanece, e acompanhamos contrato setembro (KCU3) variar -4% nessa semana, com as cotações girando em torno 155 cents/lp. O mercado segue atento à safra brasileira de café.

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