Apesar das recentes quedas da oleaginosa na bolsa de Chicago, os futuros encerraram a quarta-feira (24) com estabilidade. O contrato março variou no dia +0,06% e o maio -0,05%.
O que acabou acalmando as fortes quedas do grão, foi na verdade a recente alta do seu derivado, o farelo de soja.
Acredito que todos estão acompanhando as fortes greves que estão ocorrendo contra o governo na Argentina, país que é o maior produtor e exportador dos derivados de soja.
A recente preocupação com a oferta do produto está atuando como suporte para as cotações, além de o mercado também estar atento para o ritmo das vendas e oferta no Brasil.
As vendas semanais de soja nos EUA entre os dias 12 e 18 de janeiro foram de 560,900 mil toneladas para 2023/24, uma queda de 28% no volume ante a semana anterior.
Os destinos foram a China, México, Indonésia, Japão e Vietnã.
Falando agora no Brasil, a Anec atualizou suas estimativas de safra, comentando que as exportações de soja em janeiro devem chegar a 2,3 milhões de toneladas.
Já para o farelo de soja as estimativas foram de redução, esperando agora embarques de 2,2 milhões de toneladas.
O mercado físico brasileiro também está tentando reagir ante ao atraso nos trabalhos do campo, e vemos uma variação nos preços da saca de +0,9% em Ponta Grossa/PR e de +1,9% em Campo Grande/MS.