Começando pelo mercado externo, contamos com muitas atualizações do USDA para os Estados Unidos. O plantio da soja norte-americana chegou a 66% do total até o último dia 21 de maio, representando um avanço semanal de 17 pontos percentuais. Os trabalhos no campo estão 14 pontos percentuais à frente da média de 4 anos e 19 pontos percentuais a frente do mesmo período do ano anterior.
Com o rápido avanço da semeadura, os futuros da soja em Chicago têm forte pressão nessa terça-feira (23), e recuam pela manhã -1,71% no contrato julho. Apesar disso, a primeira sessão da semana foi positiva, assim como para o milho e o trigo. O movimento já era esperado pelo mercado após a forte sessão de baixas para a commodity, atingindo a área de sobrevenda na semana passada.
Além disso, a soja teve apoio no seu derivado, o óleo de soja, que disparou mais de +3% na Bolsa de Chicago na segunda-feira (22). O movimento foi uma reação altista, após o presidente dos EUA, Joe Biden, retirar a proposta de mandatórios de biocombustíveis aos créditos oriundos de carros elétricos.
Ademais, as inspeções semanais para exportação de soja naquele país somaram, na semana encerrada no dia 18 de maio, 155 mil toneladas, volume ainda menor que na semana anterior e bem abaixo das 582 mil toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.
Amenizando os dados das inspeções semanais, o USDA anunciou a venda de 250 mil toneladas de soja norte-americana da safra 2022/23 para destinos desconhecidos.
Quanto ao Brasil, atualização da Balança Comercial preliminar do mês. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de maio foram exportadas 9,741 milhões de toneladas de soja, o que representa 91,5% de todo o volume exportado em maio de 2022. Apesar do ritmo ter reduzido na última semana, ainda é esperado que o volume desse mês supere o do ano anterior.
Abaixo é possível acompanhar os movimentos dos futuros da soja na Bolsa Brasileira.