Para começar 2023, já contamos com atualização da Balança Comercial de dezembro no Brasil nesta primeira segunda-feira dia 02.
Sabemos que o país foi destaque nas exportações de milho em 2022, em especial no mês de dezembro, onde o cereal foi um dos únicos a superar os volumes exportados em mesmo período de 2021. Isso mesmo, a soja não chegou a ser exportada em igual volume quando comparamos com dezembro de 2021.
Até a 5° semana de dezembro de 2022, em atualização do Ministério da Economia, foi exportado 2,019 milhões de toneladas de soja brasileira, 25% abaixo do volume em 2021.
Alguns fatores foram responsáveis por tal cenário, como a menor demanda na China, causada no final do ano por aumento no número de casos de covid-19, e a política do ‘soy dollar’ na Argentina, que tornou aquele país uma origem mais barata para o produto.
Apesar disso, os preços estão apoiados na preocupação com a oferta da oleaginosa na América do Sul, em especial na Argentina, país mais atingido pelo La Niña.
Mesmo com a reta final do fenômeno, as regiões atingidas sofrem com a escassez de chuvas, atrasando a semeadura e comprometendo as lavouras que já estão no campo. Segundo a Bolsa de Cereales, o plantio da soja está em apenas 50,6% do total.
E para deixar o mercado ainda mais preocupado, modelos americanos como do NOAA e da Universidade da Columbia nos Estados Unidos, apontam probabilidades de 70% de ocorrência do El Niño, o qual é caracterizado por excesso de chuvas na América do Sul que levam até a enchentes.
Tanto o clima quanto a posse do presidente Lula no Brasil estão sendo digeridos pelo mercado, e assim aguardamos o retorno da Bolsa de Chicago nesta tarde de terça-feira (03) para acompanhar maiores movimentos.