Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a terça-feira (26) em leve alta. O contrato de setembro registrou valorização de 0,3%, negociado a US$10,28 por bushel, enquanto o de novembro avançou 0,2%, fechando a US$10,49 por bushel.

O mercado permanece cauteloso diante das incertezas relacionadas à guerra tarifária entre Estados Unidos e China. Apesar disso, recentes declarações do embaixador chinês em Washington, Xie Feng, trouxeram algum otimismo.
O diplomata defendeu a cooperação agrícola bilateral e citou a soja como exemplo positivo de parceria, sinalizando a possibilidade de maior demanda pela oleaginosa norte-americana. Ainda assim, a boa evolução da safra nos Estados Unidos limita o fôlego de recuperação dos preços, mantendo pressão baixista sobre as cotações.
Caso as compras chinesas de fato se intensifiquem, a liderança brasileira no mercado internacional de soja pode ser parcialmente afetada. Vale lembrar que, no primeiro semestre deste ano, as exportações agrícolas dos EUA para a China recuaram 53% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em função do conflito tarifário.
Até o presente momento, na ausência de um acordo efetivo, os prêmios da soja brasileira seguem valorizados.

No mercado interno, o Indicador Esalq/B3 do Cepea apontou leve retração nas cotações. Em Paranaguá, o preço da soja fechou a R$139,65, queda de 0,6% frente ao dia anterior. Já no Paraná, a cotação ficou em R$134,47, recuo de 0,1% no comparativo diário.
De maneira geral, o mercado doméstico segue com liquidez reduzida e baixo volume de negócios concluídos, refletindo um cenário de preços praticamente lateralizados.
