O mês de abril começou com uma queda generalizada para os grãos no mercado externo, impulsionada não apenas pela forte alta do dólar no dia para R$ 5,05, mas também pelo impacto dos altos estoques trimestrais divulgados na última sexta-feira (28), e agora digeridos pelo mercado.
Relembrando, os estoques trimestrais divulgados para a soja norte-americano foram de 50,21 milhões de toneladas, quase um milhão de toneladas a mais do que a média esperada pelo mercado.
O contrato maio da soja na bolsa de Chicago encerrou esta segunda-feira (01) variando -0,49% e o julho -0,48%.
Outro fator baixista, continua sendo a baixa demanda pela soja norte-americana, e na semana encerrada no dia 28 de março foram inspecionadas apenas 414,484 mil toneladas, bem abaixo da semana anterior, e das 503,900 mil toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.
Falando agora sobre o Brasil, a colheita da soja encerrou o mês de março avançando para 75% da área total. Os trabalhos no campo estão correndo em um bom ritmo, sendo favorecidos pelas condições climáticas nas principais regiões produtores.
Leve preocupação está apenas para os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, com baixo volume de chuvas e temperaturas elevadas, porém nada relatado no momento.
Novas estimativas para a safra 2023/24 já estão sendo liberadas pelas principais consultorias, em sua maioria realizando leves cortes para a produção.
Estimo que com a recente queda nos volumes de chuvas em importantes estados produtores, a produção brasileira da soja deverá ser em torno de 150 milhões de toneladas.