MINUTO DA SOJA: futuros da oleaginosa atingem maior patamar desde setembro mas voltam a cair puxados pelo óleo de soja

O óleo de soja abriu o mês de dezembro caindo mais de 4% na bolsa, carregando consigo os futuros do grão.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 01/12/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

O programa “dólar soja” na Argentina já está mexendo com o mercado. Na segunda-feira (28), o país vendeu aproximadamente 300 mil toneladas da oleaginosa, e na terça-feira (29) 600 mil toneladas. A China, importante importador dos grãos, já está ativa nas compras na Argentina, pressionando os programas de exportação das demais origens, como o Brasil.

Nos Estados Unidos, o USDA reportou a venda de 136 mil toneladas de soja para a China na última quarta-feira (30). Na semana entre 18 e 24 de novembro, as vendas somaram 693,800 mil toneladas.

Do lado macro, na última quarta-feira (30), durante o relatório da situação econômica nos Estados Unidos, o Fed comentou sobre a possibilidade de redução no ritmo de alta de juros, passando de 0,75 para 0,5. Tal perspectiva serviu de suporta para a alta da maioria das bolsas ao redor do globo.

Os futuros da soja acumulavam uma alta de +2,85% nas últimas três sessões da Bolsa de Chicago, atingindo os maiores patamares desde setembro. O contrato janeiro (ZSF3) valia US$ 14,69 por bushel. Porém, a quinta-feira (01) começou negativa para a oleaginosa. O óleo de soja abriu o mês de dezembro caindo mais de 4% na bolsa, carregando consigo os futuros do grão. O movimento ocorreu após a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) liberar mandatórios de biocombustível abaixo do esperado, afetando diretamente a perspectiva sobre a demanda.

Ademais, continuamos de olho nas ações da China quanto a política zero-covid, a qual voltou a indicar relaxamento nas restrições e melhor perspectiva de consumo. Na América do Sul, a preocupação está na produção da soja, a qual está começando a apresentar indícios de redução na oferta devido a escassez de chuvas na região. Países como o Brasil, Argentina e Paraguai são os mais afetados.

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