MINUTO DA SOJA: disputa entre os fundamentos, preços para cima ou para baixo?

Com a volatilidade pairando sobre essa commodity, o mercado fica no aguardo de notícias que definam um rumo mais claro para os preços.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 29/09/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Dessa vez, a Argentina, maior exportador mundial de farelo e óleo de soja, foi a responsável pelo assunto da semana. A Bolsa de Cereales de Buenos Aires informou que a produção de soja no país terá um aumento, para a safra 2022/23, de +15,5% em relação a safra anterior, estimando um volume de 48 milhões de toneladas. Esse cenário, além de afetar a oferta global da oleaginosa, é o reflexo da alta nos preços de fertilizantes, que força muitos produtores a optarem por culturas com custo de produção mais em conta, visto que o milho necessita de maiores volumes de insumos. Assim, a produção de milho argentino deve cair para 50 milhões de toneladas.

Para os futuros da soja, após um acumulado de 6 sessões seguidas de quedas, a quarta-feira (28) fechou com uma tímida recuperação de +0,05% para o contrato novembro (ZSX22) em Chicago. Com a volatilidade pairando sobre essa commodity, o mercado fica no aguardo de notícias que definam um rumo mais claro para os preços, que no momento se encontram divididos entre os fundamentos.

Com a colheita mais lenta nos EUA, 5 p.p abaixo dos 13% da média de 5 anos, as cotações têm um leve suporte que impediu novas baixas, mesmo com a pressão causada pela proximidade de uma recessão global. As condições de colheita no país somam 58% entre boas/excelentes.

No Brasil, olhos voltados para o avanço da semeadura da soja. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), diminuiu novamente suas projeções de embarques de milho e soja para setembro. Para a soja, o previsto é de 3,819 milhões de toneladas, um recuo de -8% ante a projeção anterior. Na semana, os embarques de soja somaram 847,2 mil toneladas.

No mercado físico brasileiro, as negociações de soja permaneceram estáveis e com baixos volumes. As cotações das principais praças de negociação tiveram queda frente ao recuo do dólar e as tensões relacionadas às eleições políticas para o final de semana. No Rio Grande do Sul, a saca estava sendo negociada a R$ 187,00, no Mato Grosso em Primavera de Leste a R$ 163,00 e em São Paulo a saca estava valendo R$ 186,00.

Ainda nesta semana, atenção voltada para a divulgação dos dados do USDA, sobre os estoques trimestrais, que acontecerá agora sexta-feira (30). Além disso, hoje (29) também será informado as vendas semanais para exportação dos EUA.

Cotação da soja no mercado interno 28.09
Cotação da soja na CBOT 28.09
Cotação da soja na B3 28.09

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