MINUTO DA SOJA: derivados da oleaginosa carregam os futuros do grão

Nesta quarta-feira (16) acompanhamos as cotações do óleo de soja operarem em forte desvalorização, carregando consigo os futuros do grão.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 17/11/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos Estados Unidos (NOPA), informou nesta semana que o esmagamento de soja no país norte-americano em outubro foi de 5,02 milhões de toneladas, um volume 17% maior que o mês anterior. Os EUA seguem aumentando seu esmagamento, afinal, as margens estão muito boas, inclusive no Brasil que já tem intenção de em 2023 aumentar os programas de biocombustível.

É claro que essa alta não ia passar despercebida pelo mercado, e nesta quarta-feira (16) acompanhamos as cotações do óleo de soja operarem em forte desvalorização, carregando consigo os futuros do grão. Em Chicago, o contrato janeiro de soja (ZSF3) recuou -1,92% neste dia, encerrando a sessão cotado a US$ 14,29 por bushel.

A Bolsa de Chicago não foi a única a operar no campo negativo, no Brasil, a Bolsa Brasileira teve o vencimento janeiro recuando -0,78% e o vencimento março -0,69%. No mercado doméstico, sem maiores variações. Os indicadores da Esalq tiveram leve recuo de em média -0,3% e acompanhamos o estado do Paraná em alta para o preço da saca de +1,1%. Em Guarapuava a saca valia R$174,20 e em Ponta Grossa R$173,20. No Mato Grosso, o plantio da soja já supera 96% do total.

Nesta quinta-feira (17), acompanhamos já cedo o complexo soja novamente na negativa. O óleo segue caindo, carregando o farelo e o grão. Nos EUA, aumentou o número de navios embarcados de farelo de soja com destino a China, contribuindo ainda mais para o cenário de queda. A colheita americana da soja já atingiu 96% até o último dia 14 e as inspeções semanais do grão para exportação somaram 1,857 milhões de toneladas. As vendas de soja entre os dias 4 e 10 de novembro foram de 3,030 milhões de toneladas, tendo como principal destino a China com 1,542 milhões.

Ademais, vemos a China continua na tentativa de reduzir o uso do farelo de soja para ração animal, não apenas de suínos, mas também de aves. Tal tentativa está repercutindo no mercado, levantando questionamentos quanto ao futuro da demanda do farelo naquele país.

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