Os dados da Conab vieram para abalar o mercado.
Além do 4° levantamento para a safra brasileira de grãos 2023/24 manter a produção do milho safrinha, eles também trouxeram um corte abaixo do esperado para a cultura da soja.
Com todos os problemas nas lavouras resultantes do El Niño, o mercado precificava um corte mais significativo na produção da oleaginosa, o que não aconteceu, uma vez que as novas estimativas foram para uma produção de 155,269 milhões de toneladas, um corte de apenas 4,908 milhões que deixaria a safra atual maior que a de 2022/23.
Os futuros na oleaginosa na B3 sentiram a pressão, e variaram na quarta-feira (10) -0,96% para o contrato março e -0,89% para o maio.
Ainda no país, o estado do Paraná teve atualização das lavouras, e segundo a Deral cerca de 71% das áreas se encontram em boas condições, uma queda de 15 pontos percentuais ante a semana anterior.
O calor intenso e falta de chuvas está prejudicando a safra no estado, que já estimaram uma produção abaixo de 21 milhões de toneladas.
Quanto ao mercado externo, a queda foi um pouco maior, e acompanhamos o contrato janeiro variando -1,03% na Bolsa de Chicago, reflexo na baixa demanda chinesa pela oleaginosa.
As vendas semanais para exportação nos EUA foram atualizadas na manhã desta quinta-feira (11), com o USDA informando que entre os dias 29 de dezembro e 04 de janeiro foram vendidas 280,400 mil toneladas de soja 2023/24, vindo 39% acima da semana anterior, porém 74% abaixo do volume médio nas últimas 4 semanas.
Os destinos foram o Japão, China, Espanha, Bangladesh e Coréia do Sul.