O mês de julho está sendo muito positivo para o Brasil quando falamos em volumes. Nessa segunda-feira (17) a Secex atualizou os dados da Balança Comercial preliminar do mês, e vemos que até a 2° semana de julho foram exportadas 6,333 milhões de toneladas de soja, volume que representa 83% de tudo que foi exportado nesse mês em 2022.
Com uma demanda aquecida e redução na oferta vinda da Argentina, o Brasil deve se tornar o maior exportador mundial de farelo de soja, acumulando um volume total de 21,5 milhões de toneladas nessa temporada, isso segundo as estimativas do USDA.
Os preços da saca no mercado físico tiveram apoio nos números acima, e vemos valorização diária para as principais praças de negociação nesse primeiro dia da semana. Em Campo Grande/MS a variação foi de +0,8% e em Lages/SC de +1,9%. O indicador de Paranaguá variou +0,4% nesse dia.
Quanto ao mercado externo, vemos os futuros da oleaginosa recuando na Bolsa de Chicago, isso após apresentarem altas significativas na manhã de segunda-feira (17). A pressão para as cotações veio após os dados da NOPA para o esmagamento de soja nos EUA, os quais informaram que em junho o volume esmagado foi de apenas 4,64 milhões de toneladas, abaixo do esperado pelo mercado e caindo para o menor volume em nove meses, puxando os futuros do óleo de soja e na carona o grão.
Também nos EUA, o USDA atualizou as condições de lavouras, as quais apresentaram leve melhora ante a semana anterior. Para a soja, 61% das lavouras se encontram em condições boas/excelentes, 29% em condições regulares e 10% ruins/péssimas.
As inspeções semanais de grãos para exportação norte-americanas também foram atualizadas, e na semana encerrada no dia 13 de julho foram inspecionadas 155,556 mil toneladas de soja, representando apenas 35,45% do volume inspecionado nesse mesmo período do ano anterior.
