A cotação do milho iniciou a semana com perdas moderadas no mercado brasileiro, seguindo o viés baixista da última semana, acumulando assim, uma perda de -1,42% até o dia 18 de julho quando comparado ao fechamento do último dia do mês de junho no Indicador Cepea/Esalq. O preço do milho registrado ontem na Esalq/BM&F ficou em R$ 82,36 por saca.
Enquanto isso nas praças do interior, os índices atuaram com variações mistas, com Paraná e Goiás sinalizando queda, enquanto que os estados de Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina, registraram valorização.
Na B3, os preços melhoraram seguindo a movimentação positiva na Bolsa de Chicago, que deu sinais de recuperação na segunda-feira (18), depois de algumas sessões de perdas consecutivas na semana passada. Além disso, a valorização do dólar deu ventos adicionais para estes ganhos. Neste sentido, os vencimentos de set/22 a mai/23 tiveram aumentos entre 1,66% a 2,74% na variação diária. Por outro lado, observando a variação mensal, as perdas oscilam entre -6,68% a -8,45% para os mesmos prazos de entrega.
De acordo com os analistas de mercado, é possível que os compradores de milho continuem atuando com cautela nos próximos dias, mantendo o seu acompanhamento na colheita da safrinha, assim como, dólar e de olho na safra americana 2022/23. Neste terça (19), o foco do mercado é a baixa no preço do petróleo em Nova York, que chegou a registrar recuo de mais de 2%.
Com relação a safra, dados levantados pela Agência Safras, apontam que até a última sexta (15), a região Central do Brasil havia colhido 40,9% da área estimada de 14,728 milhões de hectares do milho safrinha. Os trabalhos chegaram a 24,7% no Paraná, 18,9% em São Paulo, 39,8% em Mato Grosso do Sul, 38,9% em Goiás, 85,29% em Mato Grosso e 20,6% em Minas Gerais. No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 23,8% da área cultivada de 14,402 milhões de hectares. A média de colheita dos últimos cinco anos para o período é de 34,6%.
Conforme apontado anteriormente, no Mato Grosso a colheita do milho chegou a 85,29% segundo apontamento do IMEA, cuja oferta neste ciclo 2021/22 está prevista em 39,18 milhões de toneladas pela entidade. Destas 11,92 milhões de t serão destinadas ao consumo do estado, 3,35 milhões de tons direcionadas a demanda interestadual e 23,89 milhões de toneladas serão escoadas para exportação. Isso representa uma queda de 5,19% em relação ao ano anterior, visto que a produção desta temporada foi menor que o ano/safra anterior.