A semana encerra com recuperação nas cotações internacionais dos derivados da soja. Entre os dias 5 e 11 de setembro, na Bolsa de Chicago (CBOT), o contrato futuro do óleo de soja para setembro registrou alta de 0,51%, negociado a US$ 50,82/libra-peso. Já o vencimento de outubro avançou 0,53%, para US$ 51,08/libra-peso.
No mercado de farelo de soja, os ganhos foram ainda mais significativos. O contrato de setembro subiu 2,78%, cotado a US$ 288,30/tonelada, enquanto o de outubro valorizou 2%, alcançando US$ 286,10/tonelada.
A demanda internacional segue firme, especialmente para o óleo de soja. A expectativa de maior participação do produto na mistura obrigatória para biocombustíveis nos Estados Unidos, somada à competição entre os compradores globais, sustentaram as valorizações.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou as vendas semanais de grãos, referentes ao período de 29 de agosto a 4 de setembro.
Para o farelo de soja da safra 2024/25, foram comercializadas 33,4 mil toneladas. Já na safra 2025/26, os volumes chegaram a 324,1 mil toneladas, destinadas principalmente às Filipinas, Colômbia, México, República Dominicana e a compradores não identificados.
As exportações de farelo no período totalizaram 250,1 mil toneladas, queda de 20% frente à semana anterior e de 12% em relação à média mensal. Os principais destinos foram Filipinas, Austrália, México, Colômbia e Honduras.
No caso do óleo de soja 2024/25, as vendas apresentaram retração de 6,4 mil toneladas, o menor patamar do ano comercial.
Em contrapartida, as exportações somaram 3,9 mil toneladas, avanço de 23% em relação à semana anterior e 1% acima da média de quatro semanas, com embarques destinados ao México e ao Canadá.
No cenário doméstico, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem o 12º levantamento da safra 2024/25.
A produção de farelo de soja deve alcançar 45,1 milhões de toneladas, aumento de 10,2% frente ao ciclo anterior. O consumo interno avançará 8,3%, chegando a 19,5 milhões de toneladas, enquanto as exportações estão projetadas em 23,6 milhões de toneladas, 2% acima do ano passado. Os estoques finais devem crescer expressivamente, 62,4%, totalizando 5,47 milhões de toneladas.
Para o óleo de soja, a produção deve atingir 11,7 milhões de toneladas, avanço de 7,8% em relação à safra anterior. O consumo interno deve crescer 10,8%, alcançando 10,5 milhões de toneladas, e as exportações subirão 2,4%, para 1,4 milhão de toneladas. Já os estoques finais tendem a recuar 21,5%, encerrando em 365 mil toneladas.
Veja as atualizações nos preços dos derivados no Brasil:
- Rio Grande do Sul: R$ 1.540,00/t farelo de soja
- Mato Grosso: R$ 1.540,08/t farelo de soja
- Goiás: R$ 1.540,00/t farelo de soja
- Mato Grosso: R$ 6.508,81 ÓLEO DE SOJA
