Nesta quinta-feira (07), a Conab liberou o seu levantamento para a safra 2024/25 no país, reduzindo a produção brasileira da soja em mais de 2 milhões de toneladas, e estimando um volume total de 160,177 milhões de toneladas.
Todos sabemos que o El Niño trouxe complicações para os produtores brasileiros, que com excesso de chuvas ao Sul, e seca com altas temperaturas ao Centro-Oeste e Norte do país, resultaram em atrasos significativos no plantio da soja, devendo afetar diretamente a produtividade da planta.
Um corte já era esperado pelo mercado, e devemos olhar agora as estimativas do USDA que serão liberadas no relatório de Oferta & Demanda nesta sexta-feira (08).
No mercado externo, USDA reportou uma venda de 136 mil toneladas de soja na quarta-feira (06), com destino para a China e embarque safra 2023/24.
Falando em vendas, entre os dias 24 e 30 de novembro foram vendidas 1,517 milhão de toneladas de soja para exportação nos EUA, volume que veio 20% abaixo da semana anterior. Os destinos fora a China, Espanha, Holanda, Japão e México.
O programa de exportação norte-americano está bem lento, pressionando às cotações da oleaginosa em Chicago.
Do lado da demanda, um problema está surgindo na China, grande importador do produto, já que as margens para o suinocultor estão despencando com os baixos preços do suíno, e necessidade do abate dos animais com peste suína africana.
Apesar disso, segundo dados alfandegários, entre janeiro e novembro o gigante asiático importou um total de 89,63 milhões de toneladas de soja, cerca de 13% acima das importações ocorridas durante esse período no ano anterior.