A volatilidade não está dando trégua para o nosso querido café.
Na Bolsa de Nova York, os futuros do café arábica passaram por um salto nas cotações durante esta terça-feira (31). O contrato dezembro (KCZ3) variou +5,15% no dia, encerrando cotado a 167,30 cents/lp, isso após contar com quedas consecutivas nas últimas 4 sessões e cair para 159,10 cents/lp.
O suporte veio da perspectiva de uma oferta restrita do produto, isso após os estoques certificados de arábica na ICE recuarem novamente, atingindo o menor nível em 1 ano. O volume de 389,138 mil sacas é baixo, e está tendo dificuldades de recuperação devido a firme negociação no mercado à vista.
A alta não foi vista apenas em Nova York, mas também na Bolsa de Londres, onde o contrato janeiro (RCF4) do café robusta variou +2,17% no mesmo dia.
Para o robusta, o maior suporte veio da redução nas exportações do Vietnã, onde o volume embarcado recuou 9,5% nos últimos 9 meses.
Mesmo com esse importante salto nas cotações, o otimismo não se manteve, e nesta quarta-feira (01) já vemos os futuros do café recuarem forte em ambas as Bolsas.
A pressão continua sendo da safra do café no Brasil, que com a chegada de novas chuvas favoráveis para a cultura, alertam o mercado para uma oferta mais farta. No campo, a situação é um pouco diferente, uma vez que os cafeicultores alegam que as altas temperaturas podem afetar negativamente a produção do grão.
Os preços da saca no mercado físico brasileiro encerraram o mês de outubro com valorizações significativas, com o indicador Esalq do café arábica à R$863,24 e uma variação mensal de +10,7%.