Fiscalização do Mapa no Porto de Paranaguá
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou fiscalizações no Porto de Paranaguá, com objetivo de vistoriar a importação, armazenamento e produção de fertilizantes minerais. A ação foi realizada em outubro, entre os dias 16 e 20, por uma força-tarefa do ministério. Foram fiscalizados 47 estabelecimentos, com a coleta de 32 amostras que representam 32 mil toneladas de fertilizantes, encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA).
Foram apreendidas 1,7 mil toneladas de fertilizantes por medida cautelar, fora 5 estabelecimentos que estão suspensos temporariamente de realizarem atividades, para que se adequem à legislação brasileira.
A ação do Mapa contou com 9 auditores fiscais de cinco estados. A força-tarefa teve apoio da Superintendência Federal da Agricultura (SFA-PR), Coordenação Geral de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos (CGFIC) e Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (SISV).
Com a fiscalização, o Mapa busca garantir que os produtos tenham eficácia e que o produtor rural possa estar seguro na aquisição e aplicação dos fertilizantes, corretivos, inoculantes, biofertilizantes, remineralizadores e substratos. Dessa forma não há risco à defesa agropecuária e a saúde pública.
Conflito armado entre Israel e Hamas
O Rabobank revelou um alerta sobre o conflito armado entre o Estado de Israel e o grupo Hamas. Destacaram que as atividades militares podem representar riscos e incertezas ao mercado de fertilizantes, além dos problemas do conflito em si.
Israel possui minas de potássio e fosfato localizadas, principalmente no Deserto de Negev. A Faixa de Gaza, onde o conflito ocorre, está à 100 km do deserto em questão. A preocupação não está no alvo do Hamas, mas sim nos perigos em carregamento de navios de exportação e outras atividades portuárias. Os canais de escoamento de Israel são o Porto de Ashdod e Porto de Eilat.
A produção de fertilizantes em Israel é notória, sendo responsável por 3% das exportações globais de fosfato e 8% de potássio. É o quarto maior exportador de Cloreto de Potássio do mundo, após Canadá, Rússia e Belarus.
A interrupção das exportações pode gerar imediato aumento de preço dos fertilizantes mundialmente. Os fretes e seguros também podem sofrer acréscimos caso a segurança das cargas e operadores estiverem em risco.