O início da Guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe inúmeros desafios para o mercado e, para fertilizantes não foi diferente. Por conta do conflito e da alta representatividade da Rússia na produção de fertilizantes, em 2022 os preços de importação subiram, em média, 88% em relação a 2021. Destaque para o cloreto de potássio, que acumulou aumentos de 123%, com o pico dos preços no mês de agosto de 2022, atingindo US$948/t CFR.
Após as altas vistas nos preços das matérias-primas e formulações, principalmente no início do ano passado, a baixa demanda global e as incertezas econômicas causadas pela guerra pressionaram os preços dos fertilizantes. A queda nos custos de produção também contribuiu para esse cenário. Grandes consumidores como EUA, Índia e Brasil mantiveram com cautela as compras de novos volumes.
Com os produtores aguardando quedas mais acentuadas nos preços e melhora na relação de troca, o 1º semestre de 2023 fechou com preços de importação, em média, 34% mais baixos que o mesmo período do ano passado.
As maiores quedas foram registradas pelos fertilizantes nitrogenados, que fecharam o semestre com redução média de 37% no preço de importação. Nesse período, o Nitrato de Amônio atingiu suas mínimas históricas no mercado internacional, com cotações em torno de US$120/t FOB.
Após o período de queda nos preços dos fertilizantes no mercado nacional, o aumento da demanda no mês de julho atrelado à inversão da curva de preços nas principais origens para o Brasil deu início a novos desafios para o produtor. Para o 2º semestre de 2023, aumentos dos preços e gargalos logísticos deverão ser um ponto de atenção para novas aquisições de volumes de formulações e matérias-primas.