Esse final de semana foi responsável por importantes movimentações no mercado das commodities agrícolas.
As tensões da guerra entre Rússia e Ucrânia alcançaram novos patamares após novos ataques russos ao país ucraniano que atingiram armazéns de grãos no rio Danúbio, uma investida aérea que visou uma rota vital para as exportações para Kiev e reforçou as preocupações com a oferta global de alimentos.
Com o aumento das turbulências em torno das exportações de grãos no Mar Negro, os futuros do trigo a subiram mais de 8% na Bolsa de Chicago nesse início de semana, carregando consigo os futuros do milho e soja.
Os futuros da oleaginosa variaram +1,48% para o contrato agosto na sessão de segunda-feira (24).
Além disso, outro suporte vem sendo do clima adverso nos EUA, que conta com previsões de temperaturas elevadas durante essa semana para as principais regiões produtoras do país.
Seguindo nos EUA, o USDA nos trouxe importantes atualizações. As inspeções semanais de grãos para exportação na semana encerrada no dia 20, somaram 283,378 mil toneladas de soja, representando apenas 70% do volume exportado nesse mesmo período do ano anterior.
Nessa segunda-feira (24) o USDA informou uma nova venda de 121 mil toneladas de soja para a China.
Para o campo, o departamento informou que as condições de lavouras da soja tiveram leve recuo na semana, com o número das condições boas/excelentes recuando para 59% e ruins/péssimas subindo para 11%. Cerca de 30% das lavouras se encontram em condições regulares.
Quanto ao Brasil, contamos com atualização da Balança Comercial preliminar do mês em que, segundo os dados da Secex, até a 3° semana de julho foram exportadas 7,956 milhões de toneladas de soja, volume que já supera o total exportado em todo esse mesmo mês de 2022!
Abaixo é possível acompanhar o movimento dos preços da saca no mercado físico brasileiro e dos futuros da soja na B3.