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Soja Balanço Semanal: semana negativa para os futuros da oleaginosa

Uma demanda mais aquecida pelo grão brasileiro foi sentida no mercado físico, e vemos valorizações na saca da soja em diversas praças de negociação.

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 22/04/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Soja Brasil

Abrindo a última semana, tivemos a atualização da Balança Comercial preliminar, com a Secex trazendo dados até a 2° semana de abril.

Durante os 10 dias úteis contabilizados, as exportações da soja totalizaram 6,845 milhões de toneladas, representando 47,7% do volume total embarcado em todo o mês de abril de 2023.

A média diária de embarques para o período contabilizado até agora foi de 684,516 mil toneladas.

Uma demanda mais aquecida pelo grão brasileiro foi sentida no mercado físico, e vemos valorizações na saca da soja em diversas praças de negociação, como é o caso de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

Os indicadores do Cepea também contaram com uma variação semanal positiva, sendo esta de +1,80% para o Paraná, e +0,14% para Paranaguá.

Vemos no momento uma soja mais competitiva no mercado, que têm preferência na importação.

Quanto aos trabalhos no campo, a colheita da soja no país avançou para cerca de 90% do total, com um ritmo mais atrasado no estado do Rio Grande do Sul.

Soja Mercado Externo

A primeira sessão da última semana encerrou negativa para os futuros da oleaginosa na bolsa de Chicago.

Mesmo com os recentes ataques no Oriente Médio aumentando a preocupação com energia e elevando os preços do petróleo e óleo de soja, o dia não foi dos melhores para o grão, que foi puxado para baixo com as novas quedas do outro derivado, o farelo de soja.

O movimento ocorreu principalmente após novas previsões climáticas apontarem melhoras das chuvas na Argentina, firmando mais o tempo para os próximos 10 dias, e favorecendo os trabalhos no campo.

O excesso de chuvas no país está atrasando a colheita da soja e prejudicando a cultura. Segundo a bolsa de cereais de Buenos Aires, até a quinta-feira (11) a colheita chegava a 10,6% da área plantada no país.

Os futuros da soja encerraram a segunda-feira (15) variando -1,35% para o contrato maio na CBOT.

Tivemos também a atualização das inspeções semanais para exportação nos EUA, que para a soja, na semana encerrada no dia 11, totalizaram 432,905 mil toneladas, abaixo da semana anterior, e das 530,342 mil toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.

O USDA também atualizou o Crop Progress no país, informando que até o último dia 14 de abril, a semeadura da soja avançou para 3% do total previsto.

Já a quarta-feira (17) foi levemente positiva para os futuros da oleaginosa na bolsa de Chicago, os quais já acumulavam quedas de duas sessões seguidas. Tivemos o contrato maio variando no dia +0,38%, e o julho +0,36%.

O movimento da sessão teve forte suporte do derivado da soja, o farelo, que operava com valorizações na parte da manhã. Além disso, o dólar estava recuando na abertura do dia, mas não durou muito tempo.

Com a moeda norte-americana retomando suas altas, as commodities agrícolas foram novamente pressionadas em Chicago, impedindo maiores ganhos para a soja.

Vale lembrar que o programa de exportação nos EUA está muito abaixo do ideal, e a valorização do dólar torna sua competitividade ainda pior.

Sem fundamentos altistas, às cotações ficaram sem outra saída, já que temos uma baixa demanda pelo grão norte-americano, associada à boas condições climáticas no país, que acaba favorecendo o plantio da nova safra.

Na quinta-feira (18), contamos com a atualização das vendas semanais para exportação de grãos nos EUA.

Entre os dias 05 e 11 de abril foram vendidas 485,800 mil toneladas de soja 2023/24, uma alta de 59% ante o volume da semana anterior. Os destinos foram a China, México, Indonésia, Alemanha e outros destinos não reveladas.

Para a safra 2024/25 o volume negociado foi de 263,200 mil toneladas, divididas entre Taiwan, Japão e destinos não revelados.

Auxiliando as cotações na sexta-feira (19) a se recuperarem na bolsa de Chicago, tivemos uma alta generalizada para as commodities agrícolas, em especial o milho e o trigo, após novas escaladas do conflito no Oriente Médio.

A preocupação com energia foi novamente renovada, refletindo na valorização do petróleo, etanol (milho) e óleo de soja.

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