Soja Brasil
Na última segunda-feira (22) tivemos a atualização da Balança Comercial preliminar no país, com dados da Secex até a 3° semana de abril.
Durante os 15 dias úteis contabilizados, foram exportadas 10,209 milhões de toneladas de soja, volume que representa 71,21% do total embarcado em todo o mês de abril em 2023.
A média diária de embarques foi de 680,622 mil toneladas.
Tivemos também a liberação das novas estimativas da Anec para a exportação de grãos no país.
Segundo a Associação, para o mês de abril é estimado um embarque de 13,48 milhões de toneladas de soja, uma leve queda ante as 13,74 MT estimadas na semana anterior.
O farelo de soja também deve apresentar queda na exportação, sendo estimado agora um volume de 2,44 milhões de toneladas.
A soja brasileira está muito competitiva no mercado, chamando a atenção de importantes compradores como a China.
Apesar de muitas dificuldades logísticas pelo país, nesta semana o Porto de Paranaguá contou com um novo recorde diário nas embarcações, e entre os dias 20 e 21 de abril movimentou no corredor de exportação Leste mais de 146 mil toneladas de soja.
Quanto aos preços da saca no mercado físico, estes encerraram com uma variação semanal positiva para quase todas as praças de negociação. No Paraná a média da saca variou +0,33%, em Santa Catarina +0,15% e em Mato Grosso do Sul +1,41%.
Vemos também o Indicador Cepea de Paranaguá variar +0,79% na semana, valendo R$ 128,43/sc.
Soja Mercado Externo
Quanto ao mercado externo, a última semana começou e encerrou positiva para as principais commodities agrícolas na bolsa de Chicago, entre elas a soja.
Os futuros da oleaginosa encerraram a sessão de segunda-feira (22) variando +0,92% para o contrato maio, e +0,93% para o julho, movimento baseado não apenas em fundamentos do grão, mas também na forte alta do trigo.
Um conjunto de acontecimentos colaboraram para este movimento dos cereais. As tensões envolvendo o Oriente Médio e o Mar Negro, continuam sendo uma das principais razões para a volatilidade das commodities.
Além dos novos ataques entre Israel e Irã, a região de Odessa foi novamente atingida na segunda-feira (22). Tais ocorrências levantam preocupações não apenas com a oferta de grãos, mas também com o setor energético, impulsionando os futuros do petróleo, que levam na carona o óleo de soja e o etanol de milho.
Em contrapartida, ainda temos uma demanda enfraquecida pela soja norte-americana, o que impede maiores altas para o grão.
Na semana encerrada no dia 18 de abril foram inspecionadas 435,256 mil toneladas de soja para exportação, volume que veio abaixo da semana anterior.
O USDA também atualizou o Crop Progress no país, informando que o plantio da soja avançou para 8% da área prevista até o último dia 21, um avanço semanal de 5 pontos percentuais.
De todo modo, ainda temos uma soja norte-americana pouco competitiva, o que interfere nas exportações do país, e no movimento das cotações.
Na bolsa de Chicago, o contrato maio variou na quarta-feira (24) -0,12% e o julho -0,05%, pressionados novamente pela alta do dólar no dia.
Já na quinta-feira (25) tivemos a atualização das vendas semanais de grãos para exportação de grãos nos EUA, e entre os dias 12 e 18 de abril foram vendidas 210,900 mil toneladas de soja 2023/24, uma queda de 57% ante ao volume da semana anterior.
Os destinos foram a China, México, Indonésia, Vietnã e Colombia.