Milho Brasil
Não muito diferente das demais commodities, o milho abriu a última semana operando no campo negativo, dentro e fora do Brasil.
No mercado nacional, já víamos os preços da saca recuando levemente já naquela segunda-feira (03), e o indicador da Esalq variou na semana -2,54%.
O mesmo ocorreu na B3, onde os futuros do milho recuaram para os principais contratos, com o vencimento julho variando na semana -1,87%.
Tal movimento foi resultado do avanço da colheita do milho safrinha, aumentando o volume disponível do produto no mercado spot.
Além disso, a atenção continua voltada para o clima mais ao Sul e Sudoeste do país, que apesar de seguir seco, está favorecendo o avanço dos trabalhos no campo, em especial no Paraná e Mato Grosso.
No Paraná, segundo atualizações da Deral até o dia 03, cerca de 7% das áreas já foram colhidas, com as lavouras sendo classificadas 52% em boas condições, 31 % médias e 17% em condições ruins.
Para o Mato Grosso, até a última sexta-feira (07) os trabalhos já alcançavam 10,69% das áreas, um avanço semanal de quase 6 pontos percentuais, ficando agora à frente da média de cinco anos para o período.
Lembrando que a colheita teve início de forma precoce frente ao plantio mais adiantado da cultura.
Milho Mercado Externo
Falando um pouco do mercado externo, temos importantes atualizações vindas dos EUA, onde o plantio do milho estava em sua reta final.
Até o último dia 02, a semeadura havia chegado a 91% das áreas previstas, um avanço semanal de 8 pontos percentuais, que colocou os trabalhos à frente da média dos últimos cinco anos, de 89%, e se aproxima dos 95% finalizados em igual período do ano anterior.
Mas a novidade está na primeira liberação das condições de lavouras, que foram avaliadas com 75% em boas/excelentes condições, 21% regulares, e apenas 4% entre ruins/péssimas.
Em igual período do ano anterior, apenas 64% das lavouras eram classificadas entre boas/excelentes condições.
Tal informação acabou pressionando as cotações em Chicago, onde contrato julho variava -0,63% naquela segunda-feira (03).
Limitando as perdas da sessão, tivemos a atualização das inspeções semanais para exportação de grãos no país, com dados da semana encerrada no dia 30 de maio.
Para o milho, o volume inspecionado totalizou 1,374 milhão de toneladas, vindo acima da semana anterior, e das 1,206 milhão de toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.
Atuando também do lado do suporte e evitando maiores quedas, tivemos na quinta-feira (06) a atualização das vendas semanais para exportação norte-americana, com dados entre os dias 24 e 30 de maio.
No período, foram vendidas 1,180 milhão de toneladas de milho para 2023/24, o que representou uma alta de 46% ante ao volume vendido na semana anterior. Os destinos foram o México, Japão, Espanha, China e Colômbia.
Para 2024/25 o volume vendido foi de 113,300 mil toneladas, destinadas ao México e outros locais não anunciados.
Os futuros do milho na bolsa de Chicago conseguiram encerrar com uma variação semanal levemente positiva, com o contrato julho variando +0,54%, e o setembro +0,13%.