A demanda global de fertilizantes permaneceu estabilizada na última semana e a oferta concentrou-se no preparo o leilão indiano, que visa a compra de ureia. O leilão tem início hoje e finaliza em 23 de novembro. A maior parte das praças permaneceu com poucas variações, porém houve queda no preço da ureia (-1,1%), sulfato de amônio (-1,1%), MAP (-1,6%) e cloreto de potássio (-0,9%), no comparativo com 07 de novembro.
O setor europeu de fabricação de fertilizantes parece respirar um pouco mais aliviado, com as suas fábricas voltando a atividade. O preço do gás natural foi reajustado, permitindo a operação de plantas produtoras de nitrogenados.
Nos Estados Unidos a demanda permanece baixa, pois os produtores concentram-se na colheita de grãos. Com a seca ainda resistindo, a navegabilidade do Rio Mississippi continua abaixo do normal.
No Brasil, aguarda-se a virada do ano para a compra de fertilizantes para a safrinha do milho. Com a estabilização dos preços, ou seja, reduções menores a cada semana, é possível que os valores estejam chegando ao seu piso. O MAP foi negociado a US$ 603,00/t CFR, com valor US$ 3,00 a menos que na semana anterior.
Mosaic e Yara, maiores empresas do ramo no Brasil, anunciaram que no 3º trimestre de 2022, que as suas vendas diminuíram. A Mosaic apresentou 18% de redução na comercialização, comparado ao mesmo período de 2021, num total de 2,8 milhões de toneladas. E a Yara teve 48% de queda nas vendas, o que representa 1,8 milhões de toneladas, que não foram comercializadas pela empresa. Em contrapartida à redução de vendas, pelos preços valorizados dos fertilizantes, as empresas tiveram aumento de receita no 3º trimestre, de 39% e 56%, respectivamente.
Ainda na última semana, a Rússia anunciou novo imposto para exportação de fertilizantes. O imposto consiste na taxação de 23,5% em todas as exportações dos produtos. O imposto incidirá, principalmente, nas indústrias que os fabricam, já que dependem da atividade exportadora para escoamento dos produtos.
