Apesar de um período de maior cautela no mercado do trigo e redução na moagem por parte de alguns moinhos, que estão à espera da colheita da nova safra para reporem seus estoques, a cotação do farelo de trigo que deveria, aparentemente estar andando de lado, vem apresentando diferentes movimentações a depender da região.
Enquanto que na região Oeste e Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina os preços se mantiveram firmes nesta semana, as demais regiões acompanhadas pela AF News sinalizaram recuos.
Isso acontece porque além do aumento da oferta de milho disponível no mercado, diante da colheita da safrinha, a cotação do trigo também foi fortemente pressionada nos últimos dias e, mesmo com um cenário de menor produção de farelo em algumas regiões, o cenário já é baixista, com os compradores insistindo em preços menores.
Além disso, antes da frente fria que a região Sul do Brasil enfrentou no último final de semana (com geadas no dia 20 de agosto), algumas áreas tiveram um bom índice de chuvas o que ocasionou melhora na qualidade das pastagens, diminuindo a demanda de farelo.
Outra situação que ainda está persistindo, mas ocasionando um pouco menos de problema do que no início de agosto, é a falta de frota para escoamento do farelo. Apesar de alguns moinhos já terem dito que a situação se encontra mais controlada, há alguns casos que isso ainda está impactando negativamente o escoamento da produção.
Neste sentido, o cenário atual não demonstra estar a favor de um aumento de preços nas tabelas de farelo. Contudo, há sinais de que o preço do milho brasileiro possa subir, acompanhando a valorização do milho na Bolsa de Chicago, cuja safra norte-americana possa ser reduzida, devido os impactos do calor e seca em importantes regiões produtoras. Isso pode levar o Brasil a exportar mais milho, diminuindo a disponibilidade do cereal doméstico nos próximos meses, aumentando as chances de que o farelo possa substituir a composição dos formulados de ração.
FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar-FOB)
No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 1.300/ton a R$ 1.420/FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 1.450/ton FOB.
No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 1.150/ a 1.250/ton FOB, e no ensacado preço médio de R$ 1.300/ton FOB.
Na região de CURITIBA-PR, a cotação ficou em R$ 1.150/ton a R$ 1230/ton FOB diferido no granel. No ensacado preço médio ficou em R$ 1.300/ton FOB.
Nos moinhos da grande SÃO-PAULO-SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 1.200/ton FOB a R$ 1250/ton FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 1.300/ton FOB.
Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 1100 a R$ 1200/ton FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 1.300/ton FOB. Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 1.150/ton a R$ 1.200/ton FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 1.350/ton FOB.
Em SANTA CATARINA, na região de Mafra volumes de negócios no granel entre R$ 1.150/ton a R$ 1250/ton FOB e no ensacado na média de R$ 1.300/ton FOB. No Oeste catarinense, negócios no granel entre R$ 1.200/ton e R$ 1.300/ton FOB e no ensacado a R$ 1.350/ton FOB.
