Farelo de Trigo: moinhos pressionando uma alta no mercado

Estamos vendo os preços do trigo nacional se recuperando, porém o farelo não está acompanhando esse movimento, pressionado pela fraca demanda ante a forte competitividade do milho.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 12/06/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

O assunto do momento é a Medida Provisória 1.227, que promove restrições ao ressarcimento e à compensação dos saldos credores acumulados do PIS e da Cofins, o que tornará o trigo e seus derivados ainda mais caros.

Neste momento, o trigo no mercado nacional já está valorizado, com o lote sendo negociado à R$ 1.424,68 no Rio Grande do Sul, uma variação semanal de +5,8%, e anual de +14,0%.

Entretanto, as compras pela indústria agora apresentam cautela, levando em consideração as novas alterações para o uso de créditos tributários do PIS/Cofins.

Lembrando que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou um preço mínimo para a cultura do trigo, de R$ 78,51 para a região Sul a partir de 1º de julho, acima do preço praticado no mercado, porém 11% abaixo do mínimo vigente até 31 de junho

Para a região Sudeste, Centro-Oeste e Bahia será de R$80,00 a saca.

Estamos vendo os preços do trigo nacional se recuperando, porém o farelo não está acompanhando esse movimento, pressionado pela fraca demanda ante a forte competitividade do milho.

Conversando com compradores e moinhos, percebemos que as originadoras estão tentando pressionar uma alta para os preços do farelo, porém sem grandes resultados.

Mesmo com uma menor oferta de matéria prima no mercado spot, muitos moinhos ainda têm produto armazenado, tornando difícil valorizações mais significativas.

Apesar disso, muitos ainda estão esperançosos para os próximos 2 meses, onde com o período seco do inverno deveremos ver um aumento na procura por suplementação animal.

De todo modo, no comparativo anual a diferença permanece exorbitante, com quedas nos preços em mais de 20%.

FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar – FOB)

No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 540/t a R$ 610/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 580/t FOB.

No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 550/t a R$ 620/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 600/t FOB.

Na região de CURITIBA – PR e Campos Gerais, a cotação ficou em R$ 540/t a R$ 640/t FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 620/t FOB.

Nos moinhos da grande SÃO PAULO – SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 560/t FOB a R$ 640/t FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 680/t FOB.

Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 540/t a R$ 630/t FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 620/t FOB.

Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 550/t a R$ 630/t FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 650/t FOB.

Em SANTA CATARINA os preços praticados foram em média R$ 630/t a R$ 710/t FOB, no farelo a granel. Já no ensacado, os preços ficaram em torno dos R$ 720/t.

*TABELA ATUALIZADA 12/06*

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