E vamos para mais uma semana com os futuros dos derivados de soja derretendo, apesar de tentarem recuperação nesta última quinta-feira (06).
Lá na bolsa de Chicago, vemos o contrato julho do óleo variando -3,0% na semana, e o farelo -0,22% para o mesmo vencimento.
Para o farelo, forte pressão veio do gigante asiático, a China, que está exportando volume recordes de farelo de soja, devido ao excedente interno de ração animal, reflexo de uma demanda mais fraca pela carne suína no país.
Para os 4 primeiros meses do ano, o volume exportado totalizou 600 mil toneladas, cinco vezes maior que do ano anterior.
Tal acontecimento chama a atenção do mercado para a situação econômica da China, maior importador de soja do mundo, que está demonstrando desaceleração na questão de consumo doméstico.
Quanto ao Brasil, um dos grandes exportadores para o país asiático, o sentimento é de cautela.
Falando nisso, a Anec trouxe estimativas para este mês de junho, com as exportações da soja estimadas em 12,08 milhões de toneladas, abaixo das 13,8 milhões embarcadas neste mês em 2023.
As estimativas para a saída de farelo também apresentaram reduções no comparativo anual, com um volume previsto de 1,9 milhão de toneladas.
Encerrando, trago os dados das vendas semanais para exportação de grãos nos EUA, com dados entre os dias 24 e 30 de maio.
Para o farelo de soja 2023/24, o volume foi de 250,200 mil toneladas, uma queda de 6% ante à semana anterior, carga destinada para a Colômbia, Filipinas, Panamá, República Dominicana e Honduras.
Quanto ao óleo de soja 2023/24, o volume foi de apenas 6 mil toneladas, uma queda de 42% ante a semana anterior. Os destinos foram a Jamaica, Canadá e México.
