A semana está encerrando positiva para os derivados da soja na bolsa de Chicago, e vemos o contrato julho do óleo de soja variando +1,50%, e do farelo +2,45%.
Tal fator foi também principal suporte para a alta da soja na semana.
Do lado do farelo, a preocupação é com a oferta, uma vez que os números para esmagamento nos EUA vieram abaixo do esperado, e tivemos o incidente das inundações no Rio Grande do Sul/Brasil.
Tivemos a atualização também do Crop Progress no país, onde o plantio da soja avançou para 52% da área prevista até o último dia 19 de maio, um avanço semanal de 17 pontos percentuais.
Apesar do rápido plantio na semana, os trabalhos ainda estão 9 pontos percentuais atrás do finalizado em igual período de 2023.
Quanto ao óleo de soja, os futuros estão contando com valorizações significativas frente a menor disponibilidade de óleo vegetal no mercado, o que acaba favorecendo as exportações do derivado norte-americano.
Na última semana foram vendidas 9,100 mil toneladas de óleo de soja.
Entretanto, puxando as cotações para baixo na quinta-feira (23), tivemos a atualização das vendas semanais para exportação nos EUA, que apresentaram reduções para esta nova semana.
Entre os dias 10 e 16 de maio foram reportadas redução de mil toneladas de óleo de soja 2023/24.
Quanto ao farelo, as vendas foram de 145,300 mil toneladas 2023/24, uma queda de 52% ante ao volume da semana anterior. Os destinos foram a Venezuela, República Dominicana, México, Honduras e Canadá.
Falando agora do Brasil, temos atualizações nas estimativas da Anec para este mês de maio, prevendo um novo volume de 13,83 milhões de toneladas de soja a serem exportadas, uma redução de 300 mil toneladas ante aos números da semana passada.
As exportações do farelo de soja devem totalizar 2,29 milhões de toneladas no mês, também abaixo das estimativas da semana anterior, de 2,43 milhões de toneladas.