O mês de setembro não foi nada positivo para o nosso querido café ao redor do globo.
Iniciando pelo mercado externo, acompanhamos os futuros do café arábica variando -4,30% para o contrato dezembro (KCZ3) lá na Bolsa de Nova York, com as cotações caindo abaixo de 150 cents/lp.
Para o café robusta a queda foi ainda maior, com uma variação mensal de -9,5% para o contrato novembro (RCX3) na Bolsa de Londres.
Mesmo com a recente melhora do cenário macroeconômico mundial, as cotações foram fortemente pressionadas pela entrada da nova safra, principalmente após a finalização da colheita do café no Brasil. E as quedas não pararam por aí.
Negociadores no Vietnã relataram quedas nos preços da saca pelo país, realidade acompanhada de perto também pelos produtores brasileiros.
Os preços da saca de café no Brasil apresentaram um recuo significativo para as principais praças de negociação. Ao analisarmos os indicadores da Esalq/cepea, o café arábica recuou -4,68% no mês, apresentando uma queda mais acentuada após a Cooxupé informar o fim da colheita desse tipo para suas áreas de atuação.
Para o café Robusta a variação foi mais sútil, uma vez que ainda encontramos áreas para serem colhidas no país, além da menor oferta global desse grão. Segundo os dados do Cepea, a variação mensal foi de -1,37%, com os preços recuando para R$645,34 a saca.
A baixa nos preços do mercado físico freou também as negociações, acarretando a baixa liquidez com cafeicultores segurando o seu grão.
Por outro lado, as exportações brasileiras foram positivas, com o país embarcando 177,685 mil toneladas de café não torrado, uma alta de +5,3% no volume ante a esse mesmo mês em 2022.