Trigo Mercado Externo: Cenários divergentes nas cotações internacionais

Contratos futuros nos EUA oscilam modestamente em meio ao otimismo comercial, enquanto na Europa e em outros mercados exportadores o volume de oferta pressiona cotações.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 30/10/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Trigo – Mercado Externo

O mercado global de trigo apresentou comportamento misto na quarta-feira (22), refletindo diferentes dinâmicas entre as principais bolsas de referência. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o contrato futuro do trigo tipo SRW com vencimento em dezembro registrou valorização de 0,6%, sendo negociado a US$ 5,32 por bushel. O contrato de março avançou 0,37%, encerrando o pregão a US$ 5,47 por bushel, enquanto o de maio manteve-se estável. Por outro lado, os contratos de julho e setembro apresentaram ligeira retração.

Em Kansas, o trigo tipo HRW com vencimento em dezembro teve valorização de 0,5%, negociado a US$ 5,22 por bushel, ao passo que o contrato de março permaneceu inalterado, cotado a US$ 5,38 por bushel. Os vencimentos de maio, julho e setembro, contudo, registraram quedas.

A estabilidade observada no mercado após altas recentes foi favorecida pelo otimismo em torno do diálogo entre Estados Unidos e China, com reunião prevista para hoje (30), o que impulsiona positivamente o mercado de grãos global.

Na Europa, os preços do trigo recuaram, pressionados pela ampla oferta disponível, tendo em vista que o acordo comercial entre as duas maiores economias do planeta não possui tanta influência neste mercado. Na Euronext, em Paris, os contratos futuros de trigo com vencimento em dezembro fecharam em queda de 0,1%, a € 192,00 por tonelada, após atingirem a máxima de quase dois meses, de € 193,50, na segunda-feira (27).

Quanto aos mercados de exportação, o trigo russo com 11,5% de proteína foi cotado entre US$ 228 e US$ 230 por tonelada FOB para entrega em novembro/dezembro. Trigos francês, alemão, ucraniano e romeno situaram-se em patamares semelhantes, entre US$ 231 e US$ 234/tonelada FOB. O trigo argentino, equivalente a 11,5% da nova safra, manteve-se como o mais competitivo, cotado entre US$ 210 e US$ 212/tonelada FOB.

No Canadá, associações agrícolas solicitam ao governo federal a implementação de um programa de relatórios de vendas para exportação, buscando garantir aos produtores acesso oportuno a dados de vendas e movimentações de mercado. Atualmente, os agricultores canadenses enfrentam desvantagem informacional significativa frente a concorrentes que contam com sistemas de transparência mais consolidados.

Na Ucrânia, a safra de 2025 marca um marco: pela primeira vez, cerca de 50% da produção de massas será atendida com trigo duro cultivado internamente. Caso essa tendência persista, o país poderá reduzir progressivamente a dependência de importações desse cereal. O avanço na produção local é atribuído às mudanças climáticas, com regiões como Mykolaiv, Odessa, Khmelnytskyi e parcialmente Vinnytsia adaptadas à produção de trigo duro devido ao aquecimento global.

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