TRIGO BRASIL: Mercado opera em ritmo lento, com preços cedendo e negócios limitados

Produtores buscam acelerar vendas para liberar armazéns, enquanto compradores pressionam por valores menores

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 05/09/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Nesta quinta-feira (4), o mercado de trigo brasileiro manteve o tom de cautela, com cotações pressionadas pela perspectiva de entrada da nova safra e pelo cenário externo de ampla oferta.

O indicador Cepea/Esalq apontou no Paraná o valor de R$ 1.395,14/tonelada para o trigo pão ou melhorador, queda de 0,3% no comparativo diário. Já no Rio Grande do Sul, a referência para o trigo brando ficou em R$ 1.275,89/tonelada, também com recuo de 0,3%.

O ambiente comercial no Rio Grande do Sul segue moroso, uma vez que as indústrias de moagem estão supridas até outubro e aguardam a entrada da safra 2025, prevista para iniciar no próximo mês.

Em Santa Catarina, por outro lado, a expectativa de retração de 16% na produção estadual intensificou a procura de compradores locais, que buscam assegurar lotes adicionais de matéria-prima.

No Paraná, a volatilidade cambial voltou a influenciar a competitividade do trigo importado, pressionando as referências do cereal no mercado doméstico.

Em valores médios por saca de 60 kg, o trigo é negociado a R$69,89 no Rio Grande do Sul, R$74,04 em Santa Catarina e R$75,07 no Paraná.

Em agosto, agentes da cadeia aceleraram as vendas para liberar espaço nos armazéns antes da colheita. Com isso, o mercado físico registrou negócios pontuais, em sua maioria com vendedores cedendo nos valores diante da urgência de escoamento.

Já as moageiras, com estoques confortáveis, mantiveram as compras reduzidas, o que limitou a liquidez das operações.

Os produtores estão voltados ao acompanhamento da lavoura e aos trabalhos de campo, mas aqueles com necessidade imediata de caixa acabam aceitando preços inferiores.

A conjunção de boa expectativa de produtividade, câmbio em patamares mais baixos e ampla disponibilidade global tende a reforçar a pressão sobre as cotações domésticas nas próximas semanas.

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