Os futuros do cereal encerraram a quarta-feira (20) recuando na Bolsa Brasileira (B3) para os principais contrato de negociação.
A realidade é que o movimento não poderia ser muito diferente, com fortes fundamentos operando contra maiores altas para o cereal.
As exportações para este mês de março estão muito lentas, bem abaixo do esperado pelo mercado, uma vez que o milho brasileiro está pouco competitivo no mercado externo.
No mercado interno o farmer selling também não recuperou ritmo, com produtores relatando apenas negociações pontuais. Além disso, com a previsão de uma oferta abundante para o milho nacional, os preços encontram uma forte barreira em seu caminho. As boas condições climáticas para o Brasil também não beneficiam às cotações, que realmente acabam caindo, sem outra alternativa.
No mercado externo, entretanto, o dia foi de estabilidade, com as cotações do milho na corda bamba entre acompanhar o movimento altista da soja, ou as fortes quedas do trigo.
Na bolsa de Chicago, o contrato maio encerrou a sessão variando -0,09%, o julho a 0%, e o contrato setembro a +0,09%.
Ainda falando dos EUA, temos a atualização das vendas semanais para exportação de grãos, que entre os dias 08 e 14 de março somaram 1,185 milhão de toneladas para 2023/24, uma queda de 8% ante a semana anterior.
Os destinos foram o Japão, México, Coréia do Sul, Taiwan e Colômbia.
Na União Europeia, tivemos o contrato maio de milho apresentando uma variação diária de -0,1%, sendo negociado à US$ 173/t na Euronext.
Encerrando este boletim, o Ministério da Política Agrária da Ucrânia informou que entre os dias 01 e 20 de março foram exportadas 3,2 milhões de toneladas de grãos, uma queda de 300 mil toneladas ante os embarques realizados em igual período do ano anterior.