Após altas significativas dos preços do milho ao redor do globo devido a guerra na Ucrânia, os futuros do cereal voltam a recuar na Bolsa de Chicago, com o contrato setembro variando -3,09% na última quarta-feira (27).
Parte da causa se deve às negociações técnicas dos contratos de milho e trigo, mas principalmente devido às previsões de melhora na qualidade do trigo de primavera nos EUA, mesmo com o clima mais quente e seco afetando as principais regiões produtoras. A queda dos contratos futuros do trigo levou consigo os futuros também do milho.
Ainda no país norte-americano, o USDA atualizou as vendas semanais para exportação de grãos. Entre os dias 14 e 20 de julho foram vendidas 314,200 mil toneladas de milho, indicando um aumento de 33% ante a semana anterior. Os destinos foram o México, Japão, Canadá, Venezuela e Honduras.
Descendo para o Brasil, contamos com atualizações da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), informando que a colheita do milho safrinha chegou a 8,7% no estado até a última sexta-feira (21). Em igual período do ano anterior a colheita já alcançava 17,2% da área total. Ainda no campo, cerca de 91,6% das lavouras se encontram em boas condições, 7,1% regulares e 1,3% em condições ruins.
Também nessa semana, a Anec atualizou suas estimativas para as exportações brasileiras do cereal, onde vemos uma redução nos números que saíram de 6,8 milhões para 6,43 milhões de toneladas a serem exportadas nesse mês de julho.
No mercado físico os preços da saca voltam a recuar, pressionados principalmente pela grande safra brasileira. O indicador da Esalq recuou -0,3% nessa quarta-feira (26).