Os futuros do cereal apresentaram uma recuperação significativa na última sessão dessa quarta-feira (16), contando com uma variação diária de +1,16% para o contrato setembro e de +1,26% para o dezembro lá na Bolsa de Chicago. O movimento foi impulsionado por 3 principais fatores, sendo o retorno do clima quente e seco nos EUA, queda do dólar e novos ataques russos na Ucrânia.
Em teoria, as condições climáticas já não são tão relevantes para as condições de lavouras, que ainda apresentaram leves melhoras segundo a última atualização do USDA. Entretanto, o clima mais seco ainda afeta o mercado, sendo então responsável por rodadas de vendas técnicas que influenciam nas cotações, apoiadas ainda por um dólar mais fraco.
Falando sobre a Rússia, aquele país realizou um novo ataque ao Porto de Reni, no Danúbio, durante a madrugada da quarta-feira (16), reforçando as tensões na guerra e as preocupações com a oferta dos cereais como milho e trigo.
Apesar disso, a Ucrânia tem buscado rotas alternativas para suas exportações, e na última terça-feira (15) registraram a saída de um navio no porto de Odesa.
E falando sobre a Ucrânia, segundo o Ministério da Agricultura do país, as exportações de grãos ucranianos totalizaram 3,3 milhões de toneladas nessa temporada 2023/24, sendo 1,6 milhão de toneladas de milho, 1,3 milhão de trigo e 397 mil toneladas de cevada.
Indo para o Brasil, a Anec elevou suas estimativas para a exportação de milho nesse mês de agosto, projetando que o volume deve girar em torno de 7,8 milhões e 10,250 milhões de toneladas.
Quanto aos trabalhos no campo, a Deral divulgou o seu relatório semanal apontando que a colheita do milho safrinha teve um avanço semanal de 6 pontos percentuais, indo para 34% da área total. Cerca de 81% das lavouras foram classificadas em boas condições, 17% médias e 2% em condições ruins.
No Mato Grosso do Sul, a colheita chegou a 33,2% do total segundo informações da Famasul. Para esse mesmo período do ano anterior, os trabalhos estavam concluídos em 48,9% da área total.