Não muito diferente das demais commodities, o milho abriu esta semana operando no campo negativo, dentro e fora do Brasil.
No mercado nacional, já vemos os preços da saca recuando levemente nesta segunda-feira (03), e o indicador da Esalq variou -0,7%.
O mesmo ocorreu na B3, onde os futuros do milho tiveram uma queda ainda mais acentuada, com o vencimento julho variando -1,44%.
Tal movimento é resultado da queda do dólar no dia, em conjunto com o avanço da colheita do milho safrinha, aumentando o volume disponível do produto no mercado spot.
Além disso, a atenção continua voltada para o clima mais ao Sul e Sudoeste do país, que apesar de seguir seco, favorece o avanço dos trabalhos no campo, em especial no Paraná e Mato Grosso.
Falando um pouco do mercado externo, temos importantes atualizações vindas dos EUA, onde o plantio do milho está em sua reta final.
Até o último dia 02, a semeadura chegou a 91% das áreas previstas, um avanço semanal de 8 pontos percentuais, que colocou os trabalhos à frente da média dos últimos cinco anos, de 89%, e se aproxima dos 95% finalizados em igual período do ano anterior.
Mas a novidade está na primeira liberação das condições de lavouras, que foram avaliadas com 75% em boas/excelentes condições, 21% regulares, e apenas 4% entre ruins/péssimas.
Em igual período do ano anterior, apenas 64% das lavouras eram classificadas entre boas/excelentes condições.
Tal informação acabou pressionando as cotações em Chicago, e vemos o contrato julho variando -0,63% nesta segunda-feira (03).
Limitando as perdas da sessão, tivemos a atualização das inspeções semanais para exportação de grãos no país, com dados da semana encerrada no dia 30 de maio.
Para o milho, o volume inspecionado totalizou 1,374 milhão de toneladas, vindo acima da semana anterior, e das 1,206 milhão de toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.