Nesta segunda-feira (06), o USDA reportou a venda de 292,4 mil toneladas de milho norte-americano, tendo como principal destino o Japão, responsável pela compra de 110 mil toneladas.
Ainda nos EUA, as inspeções semanais de grãos para exportação foram atualizadas até o dia 02, e o milho acumulou um volume de 899,810 mil toneladas inspecionadas, bem abaixo dos 1,582 milhão em igual período do ano anterior. Vale lembrar que as vendas naquele país estão abaixo do esperado, o que acaba pressionando os futuros do cereal na Bolsa de Chicago.
E falando na Bolsa de Chicago, o contrato março vem apresentando certa volatilidade, a qual deve permanecer até a confirmação do real tamanho da oferta de milho no mundo. Após encerrar a sessão de sexta-feira (03) no campo positivo, as cotações seguem pressionadas e encerram a manhã de segunda-feira no vermelho.
Mesmo após as especulações sobre o aumento da oferta do cereal nos EUA, as cotações ainda tem forte suporte no conflito em torno do acordo no Mar Negro, o qual não apresenta nenhuma confirmação de renovação por parte da Rússia e põe em risco a saída dos grãos ucranianos.
Quanto ao Brasil, a SAFRAS &Mercado aponta que até o dia 03 a colheita do milho verão havia atingido 35,4% do total, um avanço considerável mas que ainda permite a diferença de 9,4 pontos percentuais de atraso quando comparamos com o ano anterior.
As chuvas em importantes regiões no Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país vem atrapalhando os trabalhos no campo, não apenas a colheita, mas também o plantio.
Os preços da saca no mercado físico seguem sem grandes variações, com o produtor evitando vender seu cereal. Em Santa Catarina, a média da saca variou -0,7% na sexta-feira (03), indo para R$ 80,14.
