A semana começou positiva para os cereais na bolsa de Chicago, e acompanhamos o contrato julho do milho variar +1,5% nesta segunda-feira (22), encerrando a sessão cotado à US$ 177/t.
Um conjunto de acontecimentos colaboraram para este movimento dos cereais. As tensões envolvendo o Oriente Médio e o Mar Negro, continuam sendo uma das principais razões para a volatilidade das commodities.
Além dos novos ataques entre Israel e Irã, a região de Odessa foi novamente atingida nesta segunda-feira (22). Tais ocorrências levantam preocupações não apenas com a oferta de grãos, mas também com o setor energético, impulsionando os futuros do petróleo, que levam na carona o óleo de soja e o etanol de milho.
Outro suporte para o milho veio das inspeções semanais de grãos para exportação nos EUA, que na semana encerrada no dia 18 de abril totalizaram 1,623 milhão de toneladas de milho, volume acima da semana anterior e das expectativas do mercado.
O plantio do milho nos EUA foi para 12% da área prevista até o último dia 21 de abril, um avanço semanal de 6 pontos percentuais.
Falando agora do Brasil, tivemos na segunda-feira (22) a atualização da Balança Comercial preliminar, com dados da Secex até a 3° semana de abril.
Durante os 15 dias úteis contabilizados, as exportações de milho não moído exceto milho doce totalizaram 34,235 mil toneladas, o que representa apenas 7,27% do total embarcado em todo o mês de abril em 2023.
Não apenas as negociações para exportação, mas também a comercialização no mercado físico segue lentas, mesmo com o câmbio sendo favorecido na última semana.
O indicador do Cepea variou nesta segunda-feira (22) -0,6%, encerrando o dia negociado a R$ 58,76/saca.