Esta última semana de novembro começou um pouco diferente no Brasil, sem atualização das exportações de grãos pela Balança Comercial, dados que serão liberados apenas no dia 01 de dezembro.
Com o país sendo afetado pelo El Niño, os produtores estão enfrentando um grande dilema, onde o atraso no plantio da soja, pode resultar em um cultivo para o milho fora da janela apropriada para a cultura.
No mercado físico, estamos acompanhando então a baixa liquidez do cereal, com os principais produtores alertas para a possibilidade acima mencionada, e optando assim por segurar o seu produto.
No quesito preços, a saca do milho teve uma variação mensal positiva considerável, sendo de +7,7% no Paraná, +3,2% no Mato Grosso, +1,5% em Santa Catarina e +3,7% no Rio Grande do Sul.
Quanto aos futuros do cereal, a segunda-feira (27) foi de quedas tanto na B3 quanto na Bolsa de Chicago, com os contratos dezembro variando -1,48% e -1,68%, respectivamente.
A pressão veio forte após notícias confirmando o sucesso das exportações ucranianas, e um volume embarcado acima do esperado. O programa de exportação norte-americano já estava lento, o que pressiona ainda mais as cotações.
Segundo dados do USDA, as inspeções semanais para exportação do milho nos EUA somaram um volume de 406,680 mil toneladas na semana encerrada no dia 23 de novembro, número bem abaixo das 601,068 mil toneladas inspecionadas na semana anterior.
O país também está na reta final da colheita do milho, com os trabalhos avançando para 96% do total até o último dia 26. Em igual período do ano anterior a colheita já estava em 99% do total.
