O mês de abril começou com uma queda generalizada para os grãos no mercado externo, impulsionada não apenas pela forte alta do dólar no dia para R$ 5,05, mas também pelo impacto dos altos estoques trimestrais divulgador na última sexta-feira (28), e agora digeridos pelo mercado.
Relembrando, os estoques trimestrais divulgados para o milho norte-americano foram de 212,02 milhões de toneladas, que apesar de vir quase 2 milhões abaixo das expectativas, ainda é mais de 10% maior que os estoques do ano anterior.
O contrato maio na bolsa de Chicago encerrou a sessão desta segunda-feira (01) variando -1,49% e o julho -1,14%.
Por outro lado, as inspeções semanais de milho para exportação divulgadas foram positivas, e na semana encerrada no dia 28 de março totalizaram 1,431 milhão de toneladas, acima da semana anterior, e das 1,098 milhões de toneladas inspecionadas em igual período do ano anterior.
O USDA atualizou também o avanço de plantio do milho norte-americano, que até o dia 31 de março chegou a 2% do total estimado, em par com o ano anterior.
Falando agora sobre o Brasil, os futuros do milho também encerraram a sessão no vermelho nesta segunda-feira (01), acompanhando o movimento em Chicago.
Entretanto, no longo prazo temos fundamentos altistas para o cereal brasileiro, especialmente frente à incerteza na oferta mundial do cereal.
Os trabalhos no campo estão avançando sem maiores problemas, com o plantio do milho safrinha chegando na reta final, e a colheita do milho verão avançando dentro do esperado.
Entretanto, muitos produtores apontam preocupação quanto a produtividade do milho safrinha em suas regiões, especialmente no Paraná e Mato Grosso do Sul.
No Paraná, especialista já apontaram que o baixo volume de chuvas, e temperaturas elevadas, trouxeram danos incorrigíveis para muitas áreas no estado, ocasionando perdas, em alguns casos, próximas de 50%!
O mesmo para algumas regiões do MS, onde as lavouras foram classificadas cerca de 80% em péssimas condições.
Encerrando, o Ministério da Política Agrária da Ucrânia informou que as exportações dos grãos no país durante o mês de março totalizaram 5,2 milhões de toneladas, uma queda de 10% no volume ante ao mês anterior.