MINUTO DO MILHO: exportações brasileiras do cereal disparam

Nesta segunda-feira, o Ministério da Economia atualizou os dados da balança comercial. Até a 3° semana de outubro, o Brasil exportou 5,092 milhões de toneladas de milho!

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 24/10/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A safra brasileira de milho verão 2022/23 está em andamento. Até o dia 21 o plantio já havia alcançado 65,3% da área total do país, 6,3 pontos percentuais a frente da média de 5 anos. O destaque vai para os estados do Rio Grande do Sul e Paraná que já semearam, sucessivamente, um total de 96,7% e 88,8% da sua área total.

No mercado interno, sem maiores negociações e preços instáveis. Com a aproximação do segundo turno eleitoral, as incertezas rondam o comércio e os produtores preferem não tomar maiores riscos, afinal, dependendo do resultado os preços podem agir de maneiras divergentes do esperado. Lá fora, para esta quinta-feira (27), é esperado a divulgação do PIB dos EUA que, irá impactar no movimento das cotações.

Apesar disso, o mês foi positivo para a saca no mercado doméstico que segue apoiada. Com as exportações brasileiras do cereal aquecidas e a oferta mais restrita ao redor do globo, a situação não poderia ser diferente. Em Guarapuava/PR a saca está valendo R$77,80, em Assis/SP a R$77,67 e em Joaçaba/SC é negociada a R$85,83. Na Bolsa Brasileira (B3) a semana abriu com leves quedas, variando entre R$85,66 e R$86,40.

Nesta segunda-feira, o Ministério da Economia atualizou os dados da balança comercial. Até a 3° semana de outubro o Brasil exportou 5,092 milhões de toneladas de milho! A disparada no volume não é pouca já que no mesmo período do ano anterior o volume era de apenas 1,797 milhão.

Os importadores estão voltando os olhos para o milho brasileiro já que o cenário externo não é dos melhores. Com os conflitos entre Rússia e Ucrânia, as exportações ucranianas tiveram uma redução de 33,4% nessa temporada. Segundo o Ministério de Agricultura ucraniano, até o momento a safra 2022/23 exportou 6,29 milhões de toneladas de milho. Além disso, o clima seco afetou negativamente as produções da União Europeia e da China, que tiveram reduções significativas nas suas safras, reforçando as previsões de uma menor oferta mundial.

Nos EUA o cenário também não é dos melhores. Apesar do salto na colheita americana atingindo 45% do total até o dia 16, a escassez de chuvas está afetando as saídas de grãos que, precisam ser escoadas em menor volume e a preços mais caros devido ao baixo nível do Rio Mississippi. Até o dia 20 as inspeções semanais do cereal para exportação somaram 470 mil toneladas, abaixo do volume de 634 mil do ano anterior.

Hoje (24) os futuros do milho em Chicago estão sendo pressionados pela valorização do dólar de mais de +2%, chegando a bater uma máxima de R$5,30. O contrato dezembro (ZCZ2) encerrou a sessão cotado a US$ 6,81 por bushel, uma desvalorização no dia de -0,41%.

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