A Bolsa de Chicago (CBOT) permaneceu fechada nesta segunda-feira (1º) em função do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. Dessa forma, as cotações do milho não sofreram alterações: o contrato de setembro permaneceu em US$ 3,98/bushel e o de novembro em US$ 4,20/bushel.
Sem a referência internacional, os preços futuros do milho na bolsa brasileira (B3) apresentaram pouca movimentação. No primeiro pregão de setembro, o contrato de setembro encerrou a R$ 64,99/saca, queda de 0,76% em relação ao dia anterior, enquanto o de novembro registrou leve avanço de 0,07%, cotado a R$ 69,57/saca.
No cenário atual, como fundamentos altistas, destaca-se a tendência sazonal de valorização ao longo do segundo semestre, apoiada pela redução dos estoques e pelo aumento da demanda.
No mercado doméstico, o crescimento do consumo industrial e o ritmo mais forte das exportações também reforçam esse cenário de recuperação nas cotações.
Por outro lado, há elementos que limitam o potencial de alta. A safra recorde nos Estados Unidos amplia a oferta global e pressiona as cotações, enquanto os entraves comerciais entre Estados Unidos e Japão (segundo maior comprador do milho norte-americano) adicionam incertezas ao mercado externo.
No Brasil, a queda do dólar e a retração nos preços de derivados, como etanol hidratado, carne bovina e frango, também atuam como freios para uma valorização mais consistente da commodity.
No mercado físico, a comercialização segue pontual, com preços praticamente estáveis neste início de mês. Em São Paulo, os preços médios estão cotados a R$ 54,17/saca. Já em Goiás, está sendo negociado a R$ 51,42/saca. Por fim, no Mato Grosso, os preços médios se situam em R$43,49/saca.
Os vendedores mantêm a oferta restrita, na expectativa de melhores oportunidades de venda. Já os compradores de curto prazo enfrentam dificuldades diante do patamar elevado das cotações. Indústrias e consumidores mais planejados, por sua vez, seguem abastecidos com estoques adquiridos anteriormente.
