MINUTO DO MILHO: cortes na produção brasileira do milho são anunciados pela CONAB em seu 2° levantamento de safra 2023/24

O principal recuo veio do milho 1° e 3° safra, onde a nova produção estimada caiu para 25,860 milhões e 1,983 milhão de toneladas, sucessivamente.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 09/11/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Após operar as duas primeiras sessões da semana no campo negativo, os futuros do milho voltaram a subir nesta quarta-feira (08) na Bolsa de Chicago, apoiados principalmente nas altas do trigo.

Com uma demanda positiva e o novo corte da produção de trigo na Argentina, o mercado fica mais atento para a possibilidade de oferta restrita para o cereal.

Na CBOT, o contrato dezembro do milho variou +1,62% e o março +1,37%.

Apesar da alta, a pressão segue forte sobre o milho norte-americano, que por competir com a Ucrânia, acaba vendo redução nas buscas pelo seu próprio cereal.

Entre os dias 27 de outubro e 02 de janeiro, as vendas semanais para exportação naquele país somaram 1,015 milhão de toneladas para 2023/24, apenas 4% acima da média nas últimas quatro semanas. Os destinos foram o México, Japão, Coréia do Sul, Colômbia e desconhecidos.

Durante a manhã de quinta-feira (09), as cotações já voltaram a atuar no vermelho, com o mercado aguardando o tão esperado relatório de oferta e demanda do USDA.

No Brasil, tivemos atualizações do 2° levantamento de safra 2023/24 pela CONAB, que contou com corte significativos para a cultura do milho.

Quando comparado com a safra anterior, a produção total deve contar com uma queda de -9,6%, totalizando agora 119,066 milhões de toneladas.

O principal recuo veio do milho 1° e 3° safra, onde a nova produção estimada caiu para 25,860 milhões e 1,983 milhão de toneladas, sucessivamente. A produção do milho 2° safra, entretanto, foi estimada com uma leve alta, indo para 91,222 milhões de toneladas.

A Companhia divulgou também que o plantio da 1° safra avançou para 40,2% do total no país, um avanço semanal de 3 pontos percentuais, mantendo os trabalhos de agora atrasados em comparação com a safra anterior, onde a colheita já estava 43% finalizada.

No Paraná, onde o plantio está quase finalizado (95% do total), as condições de lavouras contaram com uma queda significativa ante ao mês anterior, e segundo os técnicos da Deral, 78% das lavouras se encontram em boas condições, 19% média e 3% ruins.

O corte da produção do milho no Brasil, assim como as exportações, são suporte para os futuros do cereal na B3, que encerraram a sessão de quarta-feira (08) variando +0,93% para o vencimento dezembro e +0,46% para o março.

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