Após encerrar a primeira sessão da semana operando no campo negativo, os futuros do milho na Bolsa de Chicago reagiram já na terça-feira (19), variando +1,01% naquele dia e +1,26% no dia seguinte (20) para o contrato dezembro.

O movimento foi apoiado nos dados positivos das inspeções semanais de grãos para exportação nos EUA, e principalmente nos dados atualizados da safra brasileira oferecido pela CONAB.
Segundo a Companhia, as novas estimativas trazem uma queda de 9,1% na produção total de milho no Brasil para 2023/24 quando comparamos com o ano anterior, com um recuo de área na safra verão de 5,4% e de 4,8% na safra inverno, reflexo dos baixos preços do cereal no mercado físico nacional, o qual desestimula o plantio da cultura.
No estado do Paraná, a variação mensal da saca de milho está em -7,3%, com o cereal negociado a uma média de R$42,38.

Indo para o campo, a CONAB atualizou que a colheita do milho safrinha avançou para 95,7% do total na última semana, restando apenas 2% em Minas Gerais, 11% no Paraná, 12% no Mato Grosso do Sul e 25% em São Paulo.
O plantio da safra 2023/24 também avançou no país, com os trabalhos chegando aos 15% do total previsto até a última semana. No Rio Grande do Sul já foi finalizado cerca de 45% do total, no Paraná 42% em Santa Catarina 23%.

Voltando a falar dos EUA, o USDA atualizou as vendas semanais de grãos para exportação, e entre os dias 8 e 14 de setembro foram vendidas 566,900 mil toneladas de milho 2023/24, destinadas para o Japão, México, China, Colômbia e destinos desconhecidos.
Apesar dos fatos acima, a manhã de quinta-feira (21) está vermelha para as commodities agrícolas como o milho, isso pois o Fed anunciou que as taxas de juros ainda devem aumentar até o final desse ano e ano que vem, abalando novamente o mercado e pressionando os ativos de risco.