MINUTO DO MILHO: chuvas na Argentina pressionam as cotações do cereal

O país argentino vem sofrendo muito com a seca causado pelo fenômeno do La Niña, que chegou a acarretar temperaturas que ultrapassaram 45°C. Uma nova redução na produção de milho desse país deixaria a oferta mundial do cereal bem apertada, levando assim o mercado a se atentar para cada ocorrência relacionada a essa commodity e respirar com a ocorrência de chuvas na região.

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 24/01/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Com atualização da Balança Comercial preliminar do mês, acompanhamos o ritmo acelerado das exportações brasileiras de milho. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de janeiro foram exportadas 4,220 milhões de toneladas de milho, um volume que já ultrapassa em 1,488 milhão de toneladas o montante exportado em todo esse mesmo mês em 2022.

Apesar das exportações estarem a todo vapor, a comercialização no mercado físico fica travada com a queda nos preços da saca. Na semana, o indicador Esalq teve uma desvalorização de -1,1%, impulsionada pela falta de interesse dos compradores no momento, e pela necessidade do produtor vender seu cereal para liberar espaço nos armazéns.

Na Bolsa Brasileira, os futuros do milho também tiveram variações negativas, com o vencimento março caindo -0,49% no dia, pressionado pela queda do dólar.

Vale lembrar que a colheita do milho verão já teve início, chegando a 5,9% da área total cultivada no Centro-Sul até o último dia 19. Os trabalhos no campo estão atrasados na região, sendo que no mesmo período do ano anterior já estavam em 10,9% concluídos. Ainda no Centro-Sul, iniciou-se o plantio do milho safrinha pelo estado do Mato Grosso, o qual alcançou apenas 1% da área contra 5,4% do mesmo período em 2022.

Quanto ao mercado externo, contamos com atualização do USDA quanto as inspeções semanais de grãos para exportação nos EUA. Até o último dia 19, foram inspecionadas 727,643 mil toneladas de milho, bem abaixo do volume de 1,186 milhão para a mesma semana do ano anterior.

No país norte-americano, os futuros do milho na Bolsa de Chicago também operavam no vermelho nesta segunda-feira (23), com o contrato março desvalorizando -1,48% no dia. Os preços foram pressionados pelas chuvas que ocorreram em algumas regiões da Argentina.

O país argentino vem sofrendo muito com a seca causado pelo fenômeno do La Niña, que chegou a acarretar temperaturas que ultrapassaram 45°C. Uma nova redução na produção de milho desse país deixaria a oferta mundial do cereal bem apertada, levando assim o mercado a se atentar para cada ocorrência relacionada a essa commodity e respirar com a ocorrência de chuvas na região. Abaixo podemos observar a previsão de precipitação no país para a semana.

Fonte: SMN

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