A segunda-feira (06) foi positiva para os futuros do milho, tanto na bolsa Brasileira quanto na de Chicago.
Em Chicago, o contrato maio variou +2,24%, e o julho +1,91%, enquanto na B3 os mesmos vencimentos variaram +1,91% e +1,80%, sucessivamente.
As recentes altas têm em comum o mesmo fundamento, preocupação com a oferta do cereal.
No Brasil, o estado do Rio Grande do Sul está passando por uma calamidade da natureza, onde fortes chuvas ao longo da semana causaram enchentes na maioria das regiões produtoras, afetando principalmente a soja e o milho.
Além disso, o clima não está favorável para o milho safrinha na região Sul do país, e já temos reduções confirmadas na produção do cereal para os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Na Argentina, o país também reduziu sua projeção de safra devido ao clima, o qual está proporcionando alto índice de pragas na cultura do milho.
Na União Europeia, a ocorrência de fortes chuvas na França está atrapalhando o avanço do plantio, e levantando preocupações para com as lavouras. Segundo a FranceAgriMer, a semeadura encerrou a última semana com 45% das áreas concluídas, enquanto em igual período do ano anterior o plantio estava em 54%.
Importante ressaltar que a média da semeadura para o período é de 70%.
Nos EUA, o plantio também está atrás dos anos anteriores. Na semana encerrada no dia 5 de maio, foi reportado que a semeadura no país avançou para 36% do total previsto, avanço semanal de 9 pontos percentuais.
Em igual período do ano anterior a semeadura estava 42% concluída, e na média de 5 anos cerca de 39%.
Ainda falando dos EUA, temos a atualização das inspeções semanais para exportação de grãos, que na semana encerrada no dia 02 de maio, totalizaram 1,285 milhão de toneladas para o milho.
Devemos ver um leve aumento na procura pelo cereal norte-americano e brasileiro, uma vez que a Argentina está com suas exportações sendo afetadas pelas greves locais.