Começamos falando sobre os futuros do milho em Chicago, que vinham acumulando várias sessões positivas apoiadas nos relatórios do USDA e da Conab, os quais apontaram redução na oferta global do cereal. Até o dia 17, a valorização do contrato março somou +4,9%.

Apesar das cotações passarem esta quarta-feira (18) no vermelho devido a valorização do dólar, os fundamentos permanecem fortes. A notícia é boa para os produtores de milho, em especial do Brasil.
Após atualização da Balança Comercial nesta segunda-feira (16), a Anec projetou que as exportações brasileiras de milho em janeiro, devem subir para um volume de 5,178 milhões de toneladas, aumentando o sentimento de que o país possa bater um novo recorde em 2023.
Dentro dessa linha de pensamento, traders já comentam que a China está de olho no milho brasileiro, uma vez que o nosso milho está chegando no país mais barato que o milho ucraniano.
Em 2022 a China foi responsável por um volume importado de 1,165 milhão de toneladas, embarques realizados majoritariamente em dezembro. O Ministério da Agricultura também apontou que o Irã voltou ao patamar de maior comprador de milho brasileiro.
Bom para o Brasil, mas nem tanto para os Estados Unidos, onde as exportações historicamente deveriam aumentar em janeiro, mas não apresentaram nenhum indicativo. As inspeções semanais de grãos norte-americanos para exportação, foram atualizadas nesta terça-feira (17), revelando um volume de 774,461 mil toneladas, cerca de apenas 62% do volume inspecionado no mesmo período do ano anterior.
Voltando para o Brasil, o plantio do milho segunda safra 2022/23 iniciou no Paraná, onde a Deral informou que os trabalhos atingiram 1% da área total, atrasados em comparativo com o ano anterior.
No mercado doméstico os negócios apresentam baixa liquidez, sem maiores alteração nos preços.

