Vamos iniciar falando da Balança Comercial aqui no Brasil. Segundo os dados da Secex, até a 3° semana de julho foram exportadas apenas 84,378 mil toneladas de café não torrado, número abaixo do esperado pelo mercado e que representa cerca de 57% do volume total exportado nesse mesmo mês em 2022.
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Apesar da pressão vinda desses números, os preços da saca de café no mercado físico conseguiram abrir essa semana com pequena valorização, acompanhando o movimento de alta das demais commodities agrícolas frente a queda do dólar. Nessa segunda-feira (24) o real brasileiro atingiu a máxima de 13 meses e maio em relação ao dólar.
Os preços do café arábica tem um leve “alívio” mesmo com o avanço da colheita, e vemos em Guaxupé/MG a saca variar +1,2% nessa terça-feira (25) sendo negociada a R$830,00. Em Franca/SP a variação diária foi de +3,7%, com uma variação semanal de +2,4%. O indicador da Esalq também operou em valorização de +0,3% no dia de ontem, e de +2,5% na variação semanal.
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Quanto aos futuros do café arábica em Nova York, esses conseguiram encerrar a sessão de segunda-feira (24) variando +0,71% para o contrato setembro (KCU3), apoiados principalmente pela recente desvalorização do dólar. Entretanto, a sessão de terça-feira (25) encerrou com queda de -0,71% e vemos a mesma onda negativa nessa manhã de quarta-feira (26), com o vencimento valendo 160,95 cents/lp.
As cotações estão sendo pressionadas pela safra brasileira, mesmo após relatos de floradas inesperadas nos campos que podem impactar diretamente em 2024. Outra questão que mantém a volatilidade do café é o cenário macroeconômico, especialmente nessa quarta-feira (26) com todos aguardando o anúncio do Fed nos EUA para a taxa de juros americana.