Alguém aí de olho no mercado do café?
Desde o dia 12 de janeiro, os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures NY) estão escalando seu caminho de volta ao topo. Mesmo com 2 sessões de pequenas quedas, no geral o contrato março de arábica acumulou até a manhã do dia 26 uma variação positiva de +13,16%, operando novamente acima de 160 cents/lp.
E não para por ai, pois no mercado físico do Brasil a saca de café também valorizou. Em Minas Gerais a média de arábica no estado saiu de R$945,00 no dia 12 para R$1.028,00 no dia 25, uma variação de +8,78%. Nos demais estados o mesmo ocorreu, no Paraná a variação da média foi de +8,82%, em São Paulo +9,27% e no Espírito Santo o preço médio do café conilon variou +0,8% para o mesmo período.
As cotações seguem com um viés altista apoiadas nos dados cafeeiros do Brasil e na queda do dólar. Apesar do Levantamento da Safra pela CONAB apontar uma produção de 54,94 milhões de sacas (acima do ano de 2022), não foi o suficiente para acalmar o mercado quando falamos de oferta global, afinal, o USDA está estimando uma produção brasileira de 62 milhões de sacas.
Voltando um pouco para dezembro de 2022, lembram do relatório do USDA? Ele estimou que as exportações de café devem recuar -1,63%, juntamente com os estoques finais que devem cair para 34,114 milhões de sacas. Porém, a importação e o consumo devem aumentar, indo para 136 e 167,9 milhões de sacas, sucessivamente. Acredito que não preciso falar muito mais.
No curto prazo, os preços devem manter seus patamares e avançar aos poucos, mas não devemos esquecer que falamos de café, uma das commodities mais voláteis, assim podem esperar muita emoção. O cenário macroeconômico ainda deve impactar significativamente na direção dos preços.
