Deste a semana passada, estamos vendo os futuros do café arábica escalarem seu caminho de volta ao topo na Bolsa de Nova York. Para o contrato julho (KCN3) a variação já é de +12,5%, levando as cotações a atingirem 204,80 cents/lp nesta manhã de terça-feira (18).
O movimento positivo teve início no dia 13, após a liberação dos dados de março para a exportação e produção de café arábica na Colômbia.
Em atualização da FNC, a produção do café naquele mês apresentou queda de 13% quando comparamos com o mesmo período do ano anterior, uma vez que o volume produzido foi de 914 mil sacas em 2022 contra 799 mil sacas neste ano.
As exportações também não foram positivas e apresentaram queda de 19% ante ao mês de março de 2022. Naquele ano o volume exportado foi de 1,121 milhão de sacas de 60kg, enquanto agora foi de apenas 906 mil sacas.
A preocupação com a oferta mundial do produto retorna com força e atua como suporte aos preços, sobrepondo-se, no momento, a pressão macroeconômica.
No Brasil, temos também a atualização da Balança Comercial preliminar do mês, onde os dados da Secex indicam que até a 2° semana de abril foram exportadas apenas 72,362 mil toneladas de café não torrado, bem abaixo do volume de 165 mil toneladas exportadas ao longo do mês em 2022.
Tal cenário levou os preços da saca de café arábica no mercado físico a uma variação semanal positiva. O indicador Esalq variou +3,7%, os preços no estado de São Paulo +2,7% e em Minas Gerais +1,5%.
