Iniciando pela atualização da Balança Comercial preliminar do mês no Brasil, segundo os dados da Secex, até a 2° semana de junho foram exportadas 44,369 mil toneladas de café não torrado, o que representa 24,5% de todo o volume exportado nesse mesmo mês de 2022.
Apesar do número parecer baixo, devemos lembrar que representa o total exportado nos primeiros 6 dias úteis do mês, deixando ainda mais 15 dias para a conta. Durante o mês de maio as exportações foram de 141.085 mil toneladas de café não torrado, quase em mesmo patamar das 142.467 mil toneladas daquele mês no ano anterior.
É esperado que com a entrada da nova safra, os embarques ao exterior aumentem o ritmo, ainda mais com as boas perspectivas para a nova safra.
Na terça-feira (13), o IBGE elevou suas estimativas para a safra brasileira de café. Segundo o instituto, o país deve produzir 55,4 milhões de sacas de 60 kg nesse ano, uma alta de 5,9% ante a safra anterior.
A produção de café arábica foi estimada em 38,5 milhões de sacas, representando um incremento de +13,4% ante a safra anterior, e a produção de café robusta estimada em 16,9 milhões de sacas, um recuo de -8,1% ante ao ano anterior.
Ainda no dia 13, a Cecafé informou que as exportações brasileiras de café entre janeiro e final de maio desse ano, somaram 13,577 milhões de sacas, volume 19,3% abaixo das 16,823 milhões de sacas exportadas nesse mesmo período de 2022.
Até esse início de junho, a colheita nacional chegava a pouco mais de 20% do previsto, um atraso de 10 pontos percentuais ante a média de 5 anos, o que somada ao baixo volume de café restante das safras anteriores, resultou no cenário acima descrito.
Nesse período, os Estados Unidos foram o principal importador do café brasileiro, adquirindo um volume de 2,512 milhões de sacas, uma queda de 23,1% ante ao ano anterior. A Alemanha, colocada em 2° lugar no ranking, importou um total de 1,691 milhão de sacas, também apresentando uma queda ante ao ano anterior.
Os futuros do café arábica acumulam uma queda de 4 sessões seguidas, variado -6,5% para o contrato julho (KCN3) na Bolsa de Nova York.