MINUTO DO CAFÉ: após dados das exportações no Brasil, preocupação com a oferta segue como principal suporte aos preços

Com os estoques baixíssimos no Vietnã e exportações mais lentas no Brasil, o principal suporte às cotações do café robusta segue sendo a preocupação com a oferta mundial.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 25/04/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Vamos começar falando sobre os dados de exportação no Brasil. Na segunda-feira (24) tivemos a atualização da Balança Comercial preliminar do mês, com dados da Secex até a 3° semana de abril.

As exportações do café não torrado foram de 104,164 mil toneladas, um volume que representa 62% do total exportado em abril de 2022. Para atingir esse mesmo patamar, ainda é necessário exportar 61,58 mil toneladas durante a 4° semana do mês.

No mercado físico, os preços da saca valorizaram nas últimas semanas, e com o início da colheita os cafeicultores aumentaram o ritmo das vendas do café safra 2023/24. Para o café arábica, as estimativas são de que as vendas antecipadas alcançaram 25% do total até o dia 17 desse mês. Quanto ao conilon, as estimativas são de 23%.

Quanto a colheita do café no país, o mercado está preocupado com a possibilidade de atrasos significativos e queda na qualidade do produto devido às recentes chuvas no Sul da Bahia e em Minas Gerais, importantes regiões produtoras. Segundo a Somar Meteorologia, na semana encerrada no dia 23 a região de minas recebeu 38,9 mm de chuva, representando 469% do volume da média histórica.

Após absorver essa informação, os futuros do café arábica para o contrato julho (KCN3) encerraram a sessão de segunda-feira (25) variando +1,31% na Bolsa de Nova York, com o mercado de olho na safra brasileira e preocupado com a oferta do produto.

Apesar disso, os futuros do arábica voltam a recuar na sessão de terça-feira (25), caindo para 187,75 cents/lp.

Na Bolsa de Londres, os futuros do café robusta valorizaram e atingiram no dia 19 o maior patamar em 12 anos, onde o contrato julho (RCN3) foi negociado a US$ 2.468,00 a tonelada. Com os estoques baixíssimos no Vietnã e exportações mais lentas no Brasil, o principal suporte segue sendo a preocupação com a oferta mundial.

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