Se vocês duvidavam da volatilidade do café, esta semana está servindo para nos mostrar que essa palavra não é utilizada à toa.
Na terça-feira (19) acompanhamos os futuros do café dispararem ao redor do globo. Na Bolsa de Nova York, o contrato março do café arábica variou +6,14% no dia, e o café robusta em Londres +4,81% para o vencimento janeiro.
Apesar de nenhuma notícia impactante no dia, as cotações tiveram um salto significativo, com a direção dos preços ainda sendo ditada pelas previsões climática no Brasil, com ausência de chuvas e forte preocupação com a oferta.
O mercado também está digerindo as estimativas para a produção no Vietnã, que recentemente apontaram um corte de até 3,8 milhões de sacas, que em conjunto com a quebra também na Indonésia, afeta diretamente a oferta global do café robusta.
Além disso, os estoques certificados na ICE não pararam de cair, com o café arábica atingindo seu menor nível em 2 anos de 224,066 mil sacas, e o café robusta permanecendo nas mínimas já registradas.
E advinha? Nesta quarta-feira (20) já vemos as cotações desabando em ambas as bolsas, sem maiores fundamentos para sustentar as fortes altas. Na Bolsa de NY o contrato março encerrou a sessão a 190,60 cents/lp.
No Brasil, contamos com atualização da Balança Comercial, onde a Secex aponta que até a 3° semana do dezembro foram exportadas134,503 mil toneladas de café não torrado, representando 73,8% do volume total exportado em todo esse mês de 2022.
A média diária de embarques para esses 11 primeiros dias foi de 12,227 mil toneladas.